Agricultura Precisão

O grande potencial de crescimento da agricultura de precisão no Brasil é consenso na abertura de Congresso do segmento em Curitiba/PR

Evento, promovido pela Associação Brasileira de Agricultura de Precisão (AsbraAP), reúne 700 participantes e se prolongará até quinta (4/10)


Publicado em: 03/10/2018 às 13:30hs

O grande potencial de crescimento da agricultura de precisão no Brasil é consenso na abertura de Congresso do segmento em Curitiba/PR

Com a presença de 700 participantes, foi aberto na manhã desta terça-feira (2/10), em Curitiba-PR, a oitava edição do ConBAP 2018 – Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão. “Estamos no início de um período disruptivo, no qual a agricultura brasileira deve adotar uma série de tecnologia inovadoras que proporcionará ao produtor errar menos na sua atividade produtiva, que é na verdade a principal razão da existência da Agricultura de Precisão”, afirmou, na solenidade de abertura do evento, o professor José Paulo Molin, coordenador do ConBAP e presidente da Associação Brasileira de Agricultura de Precisão (AsbraAP), entidade promotora do encontro, cujo tema central é “Construção de Dados na Era da Digitalização Agrícola”.

Molin lembrou, em seguida, que a Agricultura de Precisão tem um enorme campo para crescimento no Brasil, uma vez que, estimativas recentes dão conta que apenas 15% dos produtores agrícolas de grãos adotam técnicas de gestão com taxas variáveis, que são baseadas em ferramentas de Agricultura de Precisão. A análise do professor Molin, foi complementada por seu colega Antonio Mauro Saraiva, do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica da USP, que fez a Conferência de abertura do ConBAP, intitulada Agricultura de Precisão: um lado digital da Agricultura.

Após um breve histórico sobre a origem do termo e relacionar avanços recentes no entendimento de alguns conceitos aplicados na área, Saraiva salientou alguns desafios a serem enfrentados pela Agricultura de Precisão. “Um deles é gerar resultados efetivos para o produtor, outro é atuar para garantir a qualidade dos dados que as diferentes ferramentas permitem coletar. Sempre digo que se entra lixo no processo de coleta de dados, só pode sair lixo nas conclusões”, observa o palestrante.

Para ele, é importante ainda que se tenha interação e interoperabilidade dos dados coletados. Segundo Saraiva, caminhamos para trabalhar com sistemas e não com soluções parciais. “Além disso, precisamos ficar atentos aos novos modelos de negócios que a tecnologia da Agricultura de Precisão pode nos levar. Temos também de ir além das culturas de grãos e de cana e procurarmos maneiras de aplicar as inovações também para culturas de frutas e pequenos produtores, por exemplo”.

Pela forma que está sendo organizado, o ConBAP tende a se tornar uma referência num momento em que está bastante aquecida a formação de startup no agronegócio em torno da digitalização. Ele servirá para mostrar que já existe uma atuante comunidade formada por especialistas de várias áreas e que está trabalhando nesse assunto há muito tempo.

Outras informações: http://conbap2018.asbraap.org/index.php.

Fonte: Mecânica Comunicação Estratégica

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