Tendo aprovado sua primeira safra de alimentos transgênicos no início deste ano, a Nigéria está pronta para dar mais um passo adiante na área de biotecnologia. A legislatura do país quer dar a sua agência de biotecnologia o poder de regulamentar várias novas tecnologias, incluindo edição de genes, drives genéticos e biologia sintética.

O governo nigeriano, esta semana, assinou a Lei 2019 do NBMA (emenda) com o objetivo de prevenir qualquer efeito adverso à saúde humana e ao meio ambiente. A medida amplia o papel da Agência Nacional de Gestão da Biossegurança, criada em 2015 para proteger a saúde humana e o meio ambiente de potenciais efeitos adversos da biotecnologia moderna e dos organismos geneticamente modificados e para aproveitar o potencial da biotecnologia moderna.

Desde a sua criação, a agência deu aos cientistas nigerianos a capacidade de desenvolver novas culturas, incluindo um feijão-frade resistente a pragas, para uso dos agricultores da nação. Universidades e institutos de pesquisa agora têm confiança para realizar pesquisas de biotecnologia, que devem aumentar a produtividade agrícola e contribuir para a segurança alimentar na Nigéria. A nação também aprovou sua semente de algodão transgênico em 2018.

Muitos países em toda a África ainda precisam desenvolver e abraçar os produtos da biotecnologia moderna. Mas a Nigéria - a nação mais populosa da África - conseguiu avanços significativos nessa área, olhando para a biotecnologia moderna como uma maneira de combater alguns dos principais desafios que ameaçam o continente, incluindo insegurança alimentar, mudanças climáticas e doenças.