Biotecnologia

Movimento anti-OGM estimula o medo, diz especialista

“Os humanos selecionam plantas mutantes melhoradas há pelo menos 9.000 anos"


Publicado em: 23/11/2018 às 15:00hs

Movimento anti-OGM estimula o medo, diz especialista

O atual movimento que prega contra alimentos geneticamente modificados (anti-OGM) estimulou o medo e a apreensão, invocando muitas vezes a lógica "científica" desacreditada e sendo guiado por um "princípio de precaução". É isso que afirma o diretor de ciência da TechAccel em um artigo publicado no portal Agropages.com.

De acordo com o especialista, mesmo que não haja razão científica confiável para evitar alimentos transgênicos, existem organizações que pregam para que eles sejam evitados, porque uma desvantagem pode ser identificada em algum momento no futuro. “Este movimento anti-OGM, bem organizado e financiado por fundos, afogou efetivamente os argumentos a favor dos OGM, incluindo as significativas melhorias gerais para a sustentabilidade da agricultura”, diz ele.

“Alguns no movimento anti-OGM argumentam que há uma necessidade de mais escrutínio e regulação de certas técnicas de reprodução, incluindo edição genética. A União Europeia, com sua recente decisão de que os cultivos genéticos devem ser tratados como OGMs com relação à regulamentação, causa uma confusão ainda maior”, comenta.

Nesse cenário, ele explica que todo o ser humano que já consumiu alguma planta, provavelmente cse alimentou de um organismo geneticamente modificado e, esse simples fato, não causa nenhum prejuízo para a saúde. Isso porque uma planta pode ter sofrido uma mutagênese espontânea, que alterou o seu DNA original.

“Os humanos selecionam plantas mutantes melhoradas há pelo menos 9.000 anos. Culturas modernas, incluindo milho, melancia e pêssegos são radicalmente diferentes de seus antepassados selvagens, resultado da longa história de reprodução de plantas, onde os seres humanos selecionaram as qualidades desejáveis. Os primeiros fazendeiros selecionavam linhas de cultivo com mutações vantajosas, como grãos maiores, frutas mais saborosas ou outras propriedades desejáveis”, explica.

Fonte: Agrolink

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