Milho e Sorgo

Milho: Semana começa com futuros em alta na Bolsa de Chicago

Nesta segunda-feira (24), as principais cotações registravam altas entre 3,25 e 4,25 pontos por volta das 09h04 (horário de Brasília)


Publicado em: 24/06/2019 às 11:10hs

Milho: Semana começa com futuros em alta na Bolsa de Chicago

A semana começa com os preços internacionais do milho futuro se valorizando na Bolsa de Chicago (CBOT). Nesta segunda-feira (24), as principais cotações registravam altas entre 3,25 e 4,25 pontos por volta das 09h04 (horário de Brasília). O vencimento julho/19 era cotado à US$ 4,45, o setembro/19 valia US$ 4,51 e o dezembro/19 era negociado por US$ 4,57.

Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho estão apresentando ganhos modestos, com contratos de safras antigas e novas mais altos após uma baixa partida durante a noite. Os futuros de dezembro, por exemplo, realizaram outro teste de tendência em relação aos mínimos de maio, mantendo o gráfico de alta intacto.

No momento, o mercado aguarda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualize sua estimativa de área nesta semana, em um relatório amplamente esperado que poderia moldar os mercados de verão.

“Com base nas tendências históricas, esperamos que a área plantada com milho caia para 87 milhões de acres. O governo cortou sua estimativa no início deste mês, a partir de intenções de março de 3 a 89,8 milhões. E a área final poderá cair para 85 milhões, dependendo de quantos hectares de plantações impedem os agricultores de plantar milho”, comenta Potter.

Os agricultores que reportaram o Feedback The Field na semana passada fizeram apenas progressos incrementais, elevando suas estimativas para 94%. Os produtores também classificaram o milho como estável em comparação com a semana passada, mas sua avaliação permanece bem abaixo das estimativas das condições de progresso da colheita semanal do USDA.

Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:

Clima nos EUA deve ficar mais seco e milho registra queda em Chicago nesta sexta-feira

A semana acaba com os preços internacionais do milho futuro desvalorizados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram quedas entre 7,00 e 7,75 pontos nesta sexta-feira (21).

O vencimento julho/19 foi cotado à US$ 4,42, o setembro/19 valeu US$ 4,47 e o dezembro/19 foi negociado por US$ 4,53. Sendo assim, o contrato julho/19 registrou queda de 2,43% desde a sexta-feira da semana passada, 14 de junho.

Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho caíram em uma rodada de lucros na sexta-feira, após pairarem perto das altas de cinco anos durante a maior parte da semana.

“Apesar do tempo ainda mais chuvoso nos Estados Unidos centrais nos próximos dias, a perspectiva mais recente de 6 a 10 dias do CPC aponta climas mais quentes e secos, o que pode aumentar o potencial de produção de milho em áreas em dificuldades”, explica Potter.

Enquanto o clima não se ameniza, uma rodada de mau tempo está atingindo partes dos EUA centrais, e nos próximos três dias, partes de Oklahoma, Kansas, Missouri, Iowa e Illinois poderão ver mais chuvas, pelo mais recente mapa precipitação acumulada do NOAA.

“Com mais chuva na previsão, os comerciantes já estão ansiosos para ver as estimativas de áreas atualizadas do USDA, que serão divulgadas daqui a uma semana. Um corte adicional em hectares poderia manter a atual estimativa de produção da agência em uma trajetória de queda”, comenta o analista.

Mercado Interno

Após o feriado de Corpus Christi na última quinta-feira, as cotações do mercado físico brasileiro permaneceram sem movimentações, em sua maioria, neste último dia da semana. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única praça que apresentou valorização foi Campo Novo do Parecis/MT (2,22% e preço de R$ 23,00).

As desvalorizações foram percebidas em Porto Paranaguá/PR (1,23% e preço de R$ 40,00), São Gabriel do Oeste/MS (3,57% e preço de R$ 27,00), Rio Verde/GO e Jataí/GO (5,00% e preço de R$ 28,50).

A XP Investimentos destacou que o mercado de grãos operou de maneira calma nesta volta de feriado, ainda de olho nas referências de Chicago. Lá fora, as altas perderam força após a divulgação do relatório de acompanhamento do plantio norte-americano (que trouxe números “tranquilizantes”).

A incerteza quanto as exportações dos EUA e a demanda chinesa por grãos é grande e preocupa. O Relatório de exportação do USDA mostrou que não foram relatadas vendas para a China de grãos e derivados originados nos EUA na última semana, enquanto a FAO segue revisando, para cima, o número de animais eliminados pela peste suína africana (AFS).

No Brasil, a colheita da 2ª safra, em pleno vapor, colabora com o cenário baixista. No Paraná, o Deral mensura colheita em 21,0% do total, avanço de 9,00% na semana e melhor início já registrado. O Imea indica 16,85% colhido no Mato Grosso, avanço de 8,27% na semana e 2º melhor início entre todas as safras brasileiras.

Já a Agrifatto Consultoria aponta que os prêmios para o milho nos portos da América do Sul subiram no final desta semana. A alta de US$ 0,04/bushel elevou o prêmio para 8 cents/bu do milho argentino, e subiu para 28 cents/bu para o insumo brasileiro pelo porto de Santos. Além disso, reportou-se cautela da ponta vendedora em suas pedidas nos portos, devido a expectativa de novas valorizações para os prêmios no curto prazo.

Fonte: Notícias Agrícolas

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