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Melhoram as projeções de Conab e IBGE para a produção de milho

A correção foi provocada sobretudo pelo melhor cenário traçado para a safra de inverno de milho, cujo volume passou a ser projetado em 68,14 milhões de toneladas, 2,3% acima do estimado em março


Publicado em: 12/04/2019 às 11:50hs

Melhoram as projeções de Conab e IBGE para a produção de milho

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a colheita brasileira de grãos e fibras nesta safra 2018/19 para 235,3 milhões de toneladas, 0,9% mais que o previsto em março e volume 3,4% superior ao calculado para o ciclo 2017/18 - se confirmado, será o segundo maior da história.

A correção foi provocada sobretudo pelo melhor cenário traçado para a safra de inverno de milho, cujo volume passou a ser projetado em 68,14 milhões de toneladas, 2,3% acima do estimado em março e 26,4% maior que o da safrinha passada, que foi castigada por problemas climáticos. Para a soja, carro-chefe do agronegócio no país, houve um ajuste para cima de 0,3%, para 113,82 milhões de toneladas, ainda 4,6% abaixo do total de 2017/18.

Conforme Carlos Alfredo Guedes, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ontem também divulgou suas novas previsões para a safra - com correções na mesma linha da Conab -, as chuvas de fevereiro e março contribuíram para a revisão para cima das estimativas para produção da safrinha de milho em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

"Como a soja foi plantada cedo, por conta do clima favorável, o grão também foi colhido mais cedo e aumentou a janela para o plantio seguinte, do milho 2ª safra. Por isso, essa safrinha de milho será 10 milhões de toneladas superior à de 2018", disse. Com isso, o IBGE passou a projetar a colheita total de grãos do país neste ano em 230,1 milhões de toneladas

Em nota, Cleverton Santana, superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, destacou migrações de áreas plantadas que acabaram favorecendo o milho. "Enquanto o milho primeira safra perdeu espaço para feijão, cana-de-açúcar e pastagens, o outro [segunda safra] foi favorecido pela antecipação da colheita da soja e pela possibilidade do aproveitamento integral da janela climática, criando a expectativa de bons rendimentos na lavoura".

No caso do milho de verão, a Conab reduziu em 1,3% seu cálculo para a produção, para 25,87 milhões de toneladas. A estimativa para a colheita de algodão em pluma cresceu 2,8%, para 2,65 milhões de toneladas. Para as demais culturas, as mudanças foram pouco expressivas.

Fonte: Avisite

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