Pesquisas

Melhora na fotorrespiração pode aumentar a produção em 47%

A equipe estimulou uma proteína da folha envolvida na fotorrespiração


Publicado em: 06/06/2018 às 08:20hs

Melhora na fotorrespiração pode aumentar a produção em 47%

Cientistas do Reino Unido descobriram que o aumento de uma proteína nas folhas das plantas faz com que elas gastem menos energia enquanto respiram, resultando em um aumento da produção de até 47%. O estudo foi produzido pela Universidade de Essex e publicado no Plant Biotechnology Journal.

Para chegar a esse resultado a equipe modificou geneticamente uma cultura modelo, estimulando uma proteína da folha que está envolvida no processo de fotorrespiração. dePatricia Lopez-Calcagno, principal autora da pesquisa, afirma que o aumento da proteína H nas folhas das plantas funciona muito bem no quesito produção, mas causa alguns efeitos colaterais que precisam ser tratados e adaptados em cada cultura.

"Os cientistas têm usado tradicionalmente promotores de plantas que expressam proteínas em níveis elevados em toda a planta, e há muitos exemplos em que isso tem funcionado muito bem. Mas para a proteína H, que mostrou que mais não é sempre melhor, demonstrando que quando traduzimos este método para outras culturas, temos de ajustar mudanças em proteínas nos níveis certos nos tecidos certas", explica.

Essa proteína está presente em alimentos bastante cultivadas atualmente, como a soja, o feijão e a mandioca. De acordo com Paul South, coautor do estudo, os pesquisadores pretendem aumentar os rendimentos e oportunidades para os agricultores em todo o mundo, especialmente os pequenos produtores da África Subsaariana e do Sudeste Asiático.

"A realidade é que à medida que continuamos a aumentar as temperaturas do período de crescimento, o impacto no desempenho causado por fotorrespiração também irá aumentar. Se pudermos traduzir essa descoberta em culturas alimentícias, poderemos equipar os agricultores com plantas resilientes capazes de produzir mais alimentos, apesar de aumentar o estresse da temperatura", comenta.

A pesquisa faz parte do projeto de pesquisa internacional "Realizing Increased Photosynthetic Efficiency” (RIPE), que tem o apoio da Fundação Gates Bill & Melinda, da Fundação para a Investigação de Alimentos e Agricultura e do Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido.

Fonte: Agrolink

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