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LEITE: Workshop mostra a eficiência e a importância da atividade para a economia da Nova Zelândia

A maioria dos produtores, quase 11 mil dos 12 mil de pecuaristas neozelandeses, é ligada à cooperativas de produção e processamento de leite e de genética animal


Publicado em: 27/11/2018 às 15:40hs

LEITE: Workshop mostra a eficiência e a importância da atividade para a economia da Nova Zelândia

Com 131 participantes, a maioria ligada à produção de leite do Paraná, o Sistema Ocepar está sediando em seu auditório, na última quarta-feira (21/11), o workshop “Fundamentos de Produção e Qualidade do Leite da Nova Zelândia”, com a presença de especialista do setor daquele país, enfocando tecnologia leiteira e genética do rebanho visando ser mais eficiente na atividade, com aumento de produtividade e melhoria da qualidade do leite. A Nova Zelândia, atualmente, é o maior produtor e exportador de leite e derivados do mundo, colocando seus produtos em mais de 120 destinos, principalmente na China. A maioria dos produtores, quase 11 mil dos 12 mil de pecuaristas neozelandeses, é ligada à cooperativas de produção e processamento de leite e de genética animal.

Referência – Para o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, contribuir para a realização do evento é muito importante para a pecuária leiteira paranaense, ao considerar que Nova Zelândia é referência, em produtividade e qualidade do leite, nutrição, em tecnologia e em mercado. “Ao reunir aqui os profissionais ligados à atividade leiteira daquele país, e que atuam no Brasil, é um aprendizado o que gera expectativa grande de, na sequência, desenvolver ações em conjunto, afinal o leite hoje é o terceiro ou quarto produto mais importante do Paraná. E pela estrutura fundiária que temos no estado, é a melhor alternativa. Temos que avançar em algumas questões, como a sanidade, tecnologia, organização. Como o cooperativismo detém cerca de 50% da produção leiteira estadual aumenta a nossa responsabilidade com os produtores cooperados e com o mercado de leite, de forma geral”, acrescenta.

Organização – Ricken salienta ainda que a contribuição que o cooperativismo pode dar à atividade leiteira no estado refere-se à organização econômica. “Hoje somos especialistas nisso, porque o cooperativismo investiu bastante nas pessoas e essa profissionalização, desde o produtor até a busca de mercados, é importante, pois temos de deixar ser ofertadores de produtos e buscar atender as demandas do mercado. Ou seja, nos preparar para isso, ocupando os espaços que temos em nível local, regional e nacional, um dos maiores do mundo”, pontua.

Fundamental – A pecuária leiteira, desde produção, processamento da matéria-prima para atendimento dos mercados interno e externo, a geração de tecnologia para o setor e a evolução do sistema genético, com base nas raças holandesa e jersey, visando melhorar a conversão alimentar – os animais são tratados a pasto e com silagem -, aumento da produtividade e aprimoramento da qualidade do produto, tem peso importante na geração do PIB da Nova Zelândia. E atingiu este patamar graças a união dos pecuaristas em cooperativas.

União – Segundo o embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Chris Langley, “o setor leiteiro neozelandês é baseado nas cooperativas. Aliás, a maior empresa do setor, a Fonterra, é uma cooperativa. E isso é importante para o desenvolvimento do setor, porque somos um país muito pequeno e se não trabalhar juntos não é possível atingir um grande e efetivo crescimento para atender o mercado interno e, sobretudo, exportar para o mundo todo. Portanto, a estratégia de trabalhar juntos foi muito importante para o desenvolvimento da atividade leiteira da Nova Zelândia”, acrescenta.

Cooperativismo – Além da Fonterra, com quase 11 mil cooperados, considerada a maior exportadora de laticínios do mundo e uma das maiores empresas da Nova Zelândia, tem a cooperativas LIC (Livestock Improvement Corporation), que trabalha com melhoria genética e atende a 80% do mercado da Nova Zelândia. Ela está presente no Brasil, Argentina e Uruguai por meio da Gensur. A Fonterra tem duas indústrias no Brasil – uma em Araras (SP) e outra em Garanhuns (PE).

Promoção – O evento é promovido em parceria com o Sindileite Paraná, Sistema Faep, Embaixada da Nova Zelândia no Brasil, Aliança Láctea Sul Brasileira, Superintendência Federal de Agricultura do Paraná, Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e Sistema Ocepar. O workshop tem extensa programação, com a abordagem dos temas Perspectivas e desafios da produção de leite na região Sul do Brasil; Gestão de qualidade do leite na Nova Zelândia; Qualidade do leite e rendimento industrial; Uso de novas tecnologias no manejo de pastagens: a experiência neozelandesa aplicada à realidade brasileira; Tecnologia de pastagens da Nova Zelândia com aplicação no Sul do Brasil; Recria de bezerros; Bem-estar animal na rotina do trabalho de campo; Genética leiteira da Nova Zelândia adaptada à América do Sul; Identificação Animal como ferramenta na gestão do rebanho; Experiência da Nova Zelândia no marketing de produtos lácteos com vistas ao mercado internacional e O modelo neozelandês de produção de leite a pasto no Brasil: a experiência do grupo Kiwi em Goiás. O encerramento do evento, que se iniciou às 8h30, está previsto para as 18h30.

Presenças – Entre os presentes na abertura do workshop estavam, além do embaixador da Nova Zelândia e do presidente do Sistema Ocepar, o superintendente federal de Agricultura no Paraná, Cleverson Freitas, presidente do Sindileite, Marco Antonio Galassini, o assessor da Diretoria do Sistema Faep, Antônio Poloni, que representou o presidente Ágide Meneguette, o técnico do Deral, Fábio Peixoto Mezadri, que representou o secretário da Agricultura do Paraná, George Hiraiwa, e o presidente da Adapar, Inácio Kroetz. O secretário da Agricultura e da Pesca em Santa Catarina, Airton Spies, chegou após a abertura do evento, devido a imprevistos na agenda.

Fonte: Portal Paraná Cooperativo

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