Governo

LEITE: Ministra Tereza Cristina pretende criar política para fortalecer o setor

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse na quinta-feira (17/01) a representantes da cadeia produtiva do leite e de órgãos de governo ligados ao segmento que o setor precisa sair da gangorra do sobe e desce de renda, com medidas de curto e longo prazo capazes de trazer equilíbrio à atividade


Publicado em: 22/01/2019 às 18:00hs

LEITE: Ministra Tereza Cristina pretende criar política para fortalecer o setor

 Uma das primeiras ações que a ministra quer implementar é a criação de uma política para o setor na Câmara Setorial do Leite e Derivados, que será incluída no Plano Plurianual (PPA) a ser lançado em abril. “O Ministério vai ouvir todos os segmentos para uma ação conjunta em relação ao leite”, observou.

Preço - O preço do leite pago ao produtor melhorou em dezembro, com a redução das importações, lembrou. “Mas o setor precisa de apoio e não podemos deixar mais produtores saírem do mercado por causa de importações que aviltam os preços, principalmente na entrada da safra”. “Estamos muito preocupados com o setor e precisamos achar um caminho, devido à importância econômica e social do segmento leiteiro”, afirmou. A ministra destacou ainda a importância da extensão rural para os criadores, tanto na melhoria da produtividade como na qualidade do leite.

Importações - Tereza Cristina informou que está buscando uma solução para as importações de leite junto às autoridades argentinas, mas alertou que o Brasil não pode criar cotas no Mercosul. “Eles também têm problemas lá com seus produtores, e nós temos que achar uma solução inteligente”.

Antidumping - O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, lembrou que o governo brasileiro precisa se manifestar até o dia 6 de fevereiro sobre a renovação ou não do processo antidumping contra a Nova Zelândia e União Europeia. Até a data, serão mantidas as tarifas de 14,8% para as importações de leite da UE e 3,9% da Nova Zelândia. O executivo Marcelo Martins reivindicou acelerar a elaboração do Certificado Sanitário Internacional (CSI) para iniciar as exportações de leite para o México e a China, opções que considera importantes para escoamento da produção brasileira.