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Importação mundial de frango cresce minimamente em 2018

À luz de mais indicadores e de novos fatos ocorridos após o lançamento da primeira previsão (novembro de 2017), o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) atualizou suas projeções sobre a importação de carne de frango no decorrer do presente exercício


Publicado em: 09/05/2018 às 17:20hs

Importação mundial de frango cresce minimamente em 2018

À luz de mais indicadores e de novos fatos ocorridos após o lançamento da primeira previsão (novembro de 2017), o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) atualizou suas projeções sobre a importação de carne de frango no decorrer do presente exercício. Agora indica retração em relação ao que foi estimado cerca de seis meses antes.

Na primeira projeção, o USDA estimou que em 2018 as importações mundiais de carne de frango iriam superar os 9 milhões de toneladas, volume que, se atingido, significaria aumento de quase 3,5% sobre os 8,911 milhões de toneladas de 2017 (resultado preliminar).

A nova projeção traz expectativas bem mais modestas: prevê aumento inferior a meio por cento ou não mais que 8,951 milhões de toneladas – um volume 2,86% inferior ao da primeira previsão.

Isto significa que, em comparação às importações do ano passado, as compras externas deste ano terão aumento inferior a 50 mil toneladas, ou seja, ficarão praticamente estagnadas. E, desta vez, o pequeno aumento estimado pode não beneficiar as exportações brasileiras.

Assim, ainda que clientes importantes do Brasil aumentem significativamente suas compras – casos, por exemplo, de Japão, Hong Kong e Iraque, cujo adicional previsto pode ir além das 180 mil toneladas – a primeira sinalização é de queda nas exportações brasileiras, pois seu principal comprador, a Arábia Saudita, pode reduzir as importações em mais de 40%. E isto implica em mais de 300 mil toneladas a menos, quase 8% do total exportado pelo Brasil em 2017.

Naturalmente, a redução saudita não recairá totalmente sobre as importações brasileiras. Neste caso, porém, o Brasil tende a se tornar o fornecedor mais afetado, pois (dados parciais de 2017), atende 84% do volume total importado pela Arábia Saudita, cabendo outros 14% à França, 1% aos EUA e o 1% restante a vários fornecedores.

Notar que, embora divulgadas em abril passado, as informações que propiciaram o traçado das novas tendências foram coletadas no bimestre inicial de 2018, isto é, antes que o mundo avícola fosse surpreendido com informações negativas a respeito do principal exportador mundial de carne de frango. Quer dizer: ainda que não sofra maiores alterações quanto ao volume, o atual quadro pode vir a modificar-se em relação ao fornecedor.

Fonte: AviSite

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