Publicado em: 15/02/2019 às 13:20hs
A equipe da revista Hortifruti Brasil, do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, conversou com especialistas em clima para avaliar este cenário e os possíveis efeitos sobre a produção de 13 frutas e hortaliças, se o El Niño se consolidar.
De modo geral, especialistas afirmam que, caso o fenômeno seja observado, não será nada comparado com sua última ocorrência em 2015 e 2016, quando gerou grandes impactos para os setores de frutas e hortaliças no Brasil e no mundo, conforme publicado na edição de fevereiro de 2017. No entanto, pesquisadores adiantam: embora o El Niño tenda a ser fraco em 2019, isso não deve reduzir as preocupações, sobretudo no Nordeste.
Em 2015 e 2016, a falta de água era intensa nas regiões hortifrutícolas no Sudeste, em geral, e reforçou ainda mais a crise hídrica no Nordeste. Já no Sul, no mesmo período, era a chuva em excesso que causava estragos à produção. Assim, no verão de 2019, ainda não devem ser observadas secas rigorosas no Nordeste nem chuvas torrenciais no Sul.
De fato, um maior volume de chuva foi registrado em novembro e dezembro de 2018, o que amenizou a situação hídrica no Nordeste. Esse cenário, entretanto, ainda requer atenção para mais um ano de água limitada, já que a previsão é de chuva abaixo da média nos primeiros meses do ano nessa região. Já no Sul, a umidade em excesso poderia resultar em quedas de produtividade e qualidade. Independente se irá chover ou não em sua horta, é importante ficar alerta e monitorar o comportamento do clima e seus impactos na produção.
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Fonte: CEPEA
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