Frigoríficos e Abatedouros

Frigorífico Notable embarca o primeiro contêiner de carne suína para o Japão

Após mais de cinco anos de negociações, o Frigorífico Notable, localizado em Grão-Pará, no Sul de Santa Catarina, enviou o primeiro contêiner de carne suína para o Japão.


Publicado em: 16/08/2019 às 16:40hs

Frigorífico Notable embarca o primeiro contêiner de carne suína para o Japão

O feito histórico ocorreu na segunda-feira passada, dia 12. De acordo com o proprietário da empresa, Edson Wiggers, foram embarcados apenas cortes especiais e que estão de acordo com as exigências do país asiático. “Foi um marco para o nosso frigorífico na questão de mercado externo já que atender o Japão era uma das principais metas”.

Wiggers explica que vários fatores tornam o Japão um dos mercados mais criteriosos do mundo. “Os cortes são bem elaborados, diferenciados do resto do mundo. O tamanho, a coloração da carne, a nutrição dos animais, são alguns dos pontos que influenciam no mercado japonês”.

O empresário revela que uma missão da Coreia do Sul está na Notable para desenvolver os padrões de cortes que atendam o mercado. “Ainda em agosto devemos enviar uma carga para o mercado sul-coreano. Essa abertura de mercado internacional é uma demonstração de que nós pequenos podemos nos unir, pois o nosso produto tem a mesma qualidade das grandes empresas. Nós também possuímos estrutura e tecnologia para produzir com a mesma segurança alimentar”, analisa Wiggers.

VITÓRIA DO MERCADO INDEPENDENTE

“Essa conquista não é apenas da Notable Frigorífico Catarinense, mas de toda a suinocultura independente de Santa Catarina. Eu quero que tenham mais frigoríficos do porte do meu habilitados para esses países porque juntando forças nós vamos mais longe”, comemora Wiggers.

De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, a região Sul é o berço da suinocultura independente no estado. “Com muito profissionalismo eles conseguiram se adequar às exigências de mercado e hoje enviam proteína para um dos países mais exigentes do mundo. A suinocultura independente não fica atrás dos modelos de integração ou do cooperativismo”, enaltece.