Relativos ao segundo trimestre de 2019, os resultados divulgados ontem (12) pelo IBGE possibilitam concluir que nos seis primeiros meses de 2019 houve redução quase generalizada no abate de frangos. Assim, enquanto o número de cabeças abatidas permaneceu estável, caíram o volume de carne produzida e o peso médio dos frangos abatidos no período.

Rememorando que os abates do primeiro semestre do ano passado foram profundamente afetados em maio e junho devido à greve dos caminhoneiros, surpreende o fato de o número de cabeças não ter se elevado em 2019: foram pouco mais de 2,860 milhões de cabeças, apenas 6 milhões a mais (+0,21%) que o abatido nos mesmos seis meses de 2018.

Lembrando, ainda, que também por efeito da greve dos caminhoneiros (paralisação dos abates), os frangos processados ao final do primeiro semestre de 2018 alcançaram peso médio superior ao normal, justifica-se porque, em 2019, tenha ocorrido regressão nesse peso médio. No caso, de 1,63% - o que remete esse fator a, praticamente, o mesmo resultado registrado no segundo semestre de 2017 (2,339 kg, duas gramas a menos que os atuais 2,341 kg).

Número de cabeças estável e peso médio menor só poderiam redundar em redução no volume de carne. No caso, o volume produzido no semestre ficou próximo dos 6,7 milhões de toneladas, cerca de 1,5% a menos que o produzido no mesmo semestre de 2018.

Oportuno lembrar que esses dados se referem, especificamente, ao que foi abatido em estabelecimentos sob inspeção federal, estadual ou municipal. Ou seja: não levam em conta a criação abatida sem qualquer tipo de inspeção. Por outro lado incluem não apenas frangos, mas também os descartes de reprodutoras e poedeiras.