Agrotóxicos e Defensivos

Fake News: Brasileiro não consome 5L de defensivos por ano

“Essas alegações são, na verdade, mitos do setor"


Publicado em: 20/03/2019 às 18:00hs

Fake News: Brasileiro não consome 5L de defensivos por ano

O brasileiro não consome 5 litros de defensivos químicos por ano e o Brasil também não é o que mais utiliza pesticidas no mundo, segundo o engenheiro agrônomo e diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Mario Von Zuben. De acordo com ele, a necessidade dos defensivos agrícolas está cada vez mais presente no dia a dia do brasileiro.

“Essas alegações são, na verdade, mitos do setor: a primeira é fruto da divisão equivocada entre o total de defensivos utilizados por ano nas lavouras brasileiras e o número de habitantes do País. Essa conta, no entanto, é uma forma distorcida de medir o uso desses produtos, já que o correto é relacionar produtividade por hectare, não litros por habitante”, comenta ele.

Além disso, o especialista explica que, em relação à segunda informação, é preciso levar em conta a diversidade da matriz de produção agrícola brasileira. “Para nos compararmos a outros países em termos de uso de defensivos agrícolas, precisamos ser normalizados pela área cultivada ou pelo total de produtos gerados. Nesse sentido, de acordo com pesquisa conduzida pelo professor Caio Carbonari, da UNESP, a melhor alternativa para fazer comparações é a adoção de dados em hectares da área que recebeu aplicação ou foi cultivada, bem como da quantidade produzida”, indica.

Para finalizar, Von Zuben salienta que é preciso calcular o Environmental Impact Quotient (EIQ) do País para tirar conclusões mais concretas sobre o uso dos defensivos. “O cálculo da evolução do EIQ permite a avaliação objetiva da efetividade dos sistemas regulatórios em aumentar a segurança dos defensivos disponíveis. No Brasil, os resultados médios do EIQ por hectare de área que recebeu aplicação, entre 2002 e 2015, indicam uma redução de impacto significativa e contínua para os consumidores, o ambiente e os agricultores”, conclui.

Fonte: Agrolink

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