Etanol

Executivos da FCA anteveem futuro brilhante para o etanol

Durante o processo de elaboração do RenovaBio, a indústria automotiva brasileira se posicionou desde o primeiro momento como setor apoiador de uma política que pudesse trazer para o setor de biocombustíveis maior previsibilidade e indução a investimentos em aumento de eficiência nas áreas de energia e meio ambiente. Este apoio ficou expresso em inúmeras demonstrações de apoio verbais e escritas de Antonio Megale, presidente da Anfavea, entidade que representa todo o setor automotivo


Publicado em: 02/07/2018 às 13:20hs

Executivos da FCA anteveem futuro brilhante para o etanol

Durante o processo de elaboração do RenovaBio, a indústria automotiva brasileira se posicionou desde o primeiro momento como setor apoiador de uma política que pudesse trazer para o setor de biocombustíveis maior previsibilidade e indução a investimentos em aumento de eficiência nas áreas de energia e meio ambiente. Este apoio ficou expresso em inúmeras demonstrações de apoio verbais e escritas de Antonio Megale, presidente da Anfavea, entidade que representa todo o setor automotivo.

Mas nenhuma empresa automobilística individualmente tem se destacado mais do que a FCA (Fiat Chrysler Automóveis), através de seus executivos de mais elevado calibre.

A FCA é um dos maiores gigantes globais e durante muitos anos líder de vendas no mercado brasileiro, posição que só perdeu recentemente para a General Motors, e representa um conjunto de marcas globais como a Fiat, Jeep, Dodge, Chrysler, Maserati, AlfaRomeo, RAM, e Lancia.

No dia 1 de junho, em evento de apresentação de resultados ao mercado denominado FCA Capital Markets Day 2018, Sergio Marchionne, o CEO Global da FCA, falando sobre a necessidade de redução de emissões, elogiou a posição destacada do Brasil com o etanol, e anunciou o fim do uso do motor a diesel em automóveis de passeio em todas as marcas da FCA até 2022. Segundo Marchionne o "Brasil é o único país do mundo que com o etanol tem uma verdadeira alternativa ao petróleo".

No dia 25 de junho, Antonio Filosa, CEO da FCA América Latina, indicou que empresa pretende investir R$ 14 bilhões na Latam nos próximos 5 anos, sendo R$ 9 bi na Fiat e R$ 5 bi na Jeep, a maior parte no Brasil. A previsão está diretamente relacionada à intenção de investir em carros movidos a etanol, com a aprovação do Rota 2030. Segundo Filosa, "ninguém sabe tanto no mundo de etanol como se sabe no Brasil, ninguém tem etanol tão eficiente no mundo como se tem no Brasil".

No dia 26 de junho, em entrevista ao Jornal do Carro, Filosa acrescentou que "... sou um grande fã do etanol. Poderemos fazer híbridos com motores a etanol e, no futuro, quando as células a combustível forem realidade, e isso vai acontecer, o etanol tem a molécula mais fácil de se extrair hidrogênio do mercado. O futuro do etanol será brilhante".

O representante da sociedade civil do Conselho Nacional de Política Energética e presidente da Datagro, Plinio Nastari, tem insistido em suas mensagens que "o etanol é hidrogênio de alta densidade capturado, armazenado e distribuído de forma eficiente, econômica e segura".

O apoio da indústria automobilística, e em particular da FCA através de sua maior liderança, é uma indicação adicional sobre a importância e a viabilidade dos biocombustíveis como alternativa viável e sustentável, considerando o critério de avaliação do ciclo de vida para opção tecnológica em mobilidade. Uma opção que poderá, inclusive, oferecer longevidade e sustentabilidade no uso de combustíveis tradicionais derivados de petróleo e gás natural.

Fonte: Datagro

◄ Leia outras notícias