Aveia, Trigo e Cevada

Estudo auxilia agricultores na escolha da cultivar de trigo para o Rio Grande do Sul

Publicação com os resultados dos Ensaios de Cultivares em Rede de Trigo da safra 2018/2018 está sendo distribuída gratuitamente


Publicado em: 20/03/2019 às 13:40hs

Estudo auxilia agricultores na escolha da cultivar de trigo para o Rio Grande do Sul
Foto: Luiz Magnante

A escolha da cultivar é um fator fundamental para o resultado da lavoura. Este foi o recado da coordenadora da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Pró-Sementes, engenheira agrônoma Kassiana Kehl. Ela apresentou os resultados dos Ensaios de Cultivares em Rede (ECR) de Trigo da safra 2018/2018 durante o Fórum do Trigo, que ocorreu no dia 13 de março, na Expodireto Cotrijal. O estudo é realizado desde 2008 pela Fundação Pró-Sementes, e conta com o apoio do Sistema Farsul, com patrocínio do Senar-RS.

Na última safra de inverno, o ECR testou 34 cultivares de trigo, de cinco empresas obtentoras, em seis locais do Rio Grande do Sul: Cruz Alta, Vacaria e Passo Fundo (região tritícola 1 – fria, úmida e alta) e São Luiz Gonzaga, Santo Augusto e Cachoeira do Sul (região tritícola 2 – moderadamente quente, úmida e baixa).

A semeadura foi realizada no período indicado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático, nos meses de junho e julho. Os experimentos foram conduzidos de maneira uniforme nos locais selecionados, oferecendo ao produtor rural e à assistência técnica informações idôneas sobre as principais cultivares indicadas para cada região.

Condições climáticas

Durante a implantação dos ensaios, o clima contribuiu para a semeadura. Já na fase de perfilhamento, o excesso de chuva prejudicou o desenvolvimento da cultura em locais como Cachoeira do Sul e São Luiz Gonzaga. Os altos índices pluviométricos e a temperatura amena no mês de setembro resultaram em na alta incidência de giberela na região de Santo Augusto. Não houve registros de geadas fortes e as temperaturas foram mais amenas que o normal em muitas regiões.

Resultados

São relatados dados como ciclo em dias, rendimento em kg/ha e em sacos/ha, além de pH e percentual de rendimento de cada cultivar sobre a média da região.

As cultivares foram divididas em dois grupos: as de ciclo precoce e as de ciclo médio e tardio. Os melhores resultados na safra 2018/2018 foram obtidos na região norte do estado, especialmente em Vacaria, onde o rendimento médio entre os materiais de ciclo precoce foi de 127 sacos por hectare, e entre os de ciclo médio e tardio, 136 sacos por hectare.

“O objetivo destes ensaios não é apontar a cultivar mais produtiva, e sim orientar os agricultores sobre o grupo de materiais mais adaptados para a sua região”, explica Kassiana Kehl. “Orientamos a não observar o resultado apenas de uma safra, mas considerar também os dados de duas ou três safras anteriores”, argumenta a pesquisadora.

De acordo com a coordenadora da pesquisa, a principal finalidade do ECR é mostrar ao agricultor quanto ele pode ganhar com a escolha correta da cultivar. Utilizando como exemplo um ensaio cujo material mais produtivo atingiu 92 sacos por hectare, e o pior, 56 sacos por hectare, Kassiana demonstra que esta diferença de 36 sacos por hectare pode significar ao produtor R$ 1.476,00 por hectare, considerando o valor de R$ 41,00 para a saca de trigo.

Diretor da Farsul e presidente da Comissão do Trigo da entidade, Hamilton Jardim reforça que “este trabalho mostra que o acerto ou o erro na hora da tomada de decisão sobre a cultivar a ser semeada pode levar a grandes lucros ou a prejuízos”.

Distribuição

A Fundação Pró-Sementes e o Sistema Farsul, através dos Sindicatos Rurais, distribuem gratuitamente a publicação impressa com os resultados dos Ensaios de Cultivares em Rede. Além disso, o material pode ser acessado através do site www.fundacaoprosementes.com.br.

Fonte: Fundação Pró-Sementes

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