Feijão e Pulses

Embrapa apresenta novidades nas pesquisas com feijão e pulses

Em agosto deste ano, a Embrapa participou pela quarta vez do Fórum Brasileiro do Feijão - Pulses e Colheitas Especiais, realizado de 15 a 17, em Curitiba, PR


Publicado em: 05/09/2018 às 15:00hs

Embrapa apresenta novidades nas pesquisas com feijão e pulses

O Fórum reuniu toda a cadeia produtiva do feijão e pulses - produtores, agrônomos, instituições de pesquisa, sementeiros, empresas de insumos, empresas de tecnologia e maquinário – com interesse em interação e na evolução nas discussões técnicas e mercadológicas sobre Feijão e Pulses no Brasil e no mundo.

No estande da Embrapa, as Unidades Meio-Norte, Arroz e Feijão e Hortaliças, sob a coordenação da primeira, apresentaram às centenas de visitantes que se dirigiram ao Expo Unimed Curitiba, cultivares de feijão-caupi, feijão comum, ervilha, lentilha e grão-de-bico. Pesquisadores da Embrapa participaram também como palestrantes e a equipe da Embrapa Meio-Norte, ficou responsável pela oficina para elaboração de pratos à base de farinhas de feijões e grão-de-bico, realizada na tarde do dia 16 de agosto. A participação da Embrapa no evento é fruto da parceria com as empresas: Sementes Primavera, Sementes Marambaia, Sementes JHS, UPL e Advanta.

A Embrapa Meio-Norte levou ao evento as cultivares de feijão-caupi BRS Itaim, BRS Tumucumaque, BRS Imponente, BRS Novaera e linhagens de feijão-mungo-verde, feijão-mungo-preto e Azuki, em fase de desenvolvimento de cultivares. A procura por cultivares com foco no mercado exportador, como a BRS Imponente, e os produtos oriundos do processamento do feijão-caupi, despertaram o interesse comercial e a curiosidade dos visitantes.

Aspectos relacionados às pesquisas com feijão-caupi e feijão-mungo no Brasil e o que deverá ser apresentado ao produtor e ao mercado como inovação nos próximos três anos foram abordados pelo pesquisador Kaesel Damasceno durante a participação no painel, mediado pelo presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE), Marcelo Eduardo Lüders, com pesquisadores de diferentes instituições brasileiras sobre o atual estágio dos estudos relacionados ao Feijão e aos Pulses. O chefe-geral da Embrapa Hortaliças, Warley Nascimento e o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Arroz e Feijão, André Coutinho, também participaram do painel.

Segundo o pesquisador Kaesel Damasceno, o feedback da plateia após a exposição foi excelente e mostra que a pesquisa está no caminho correto. Kaesel destacou que a participação nesse evento é de extrema importância, pois é o momento onde o pesquisador interage com representantes de toda a cadeia produtiva. “Conseguimos perceber quais os anseios da sociedade e, como consequência, planejamos melhor as atividades de pesquisas pra curto, médio e longo prazo dando as respostas adequadas à sociedade”, comenta.

No estande também foram apresentados os produtos processados: extrusados (salgadinho, granola); cookies e os pães com percentuais de farinha de feijão-caupi na elaboração da massa, entre eles: com 100% de farinha de feijão-caupi, com 45% e com 30%. O pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Jorge Hashimoto, apresentou também os grãos inteiros; farinha integral; cotilédone; farinha de cotilédone; resíduos e a farinha de resíduo de feijão-caupi.

A Embrapa Arroz e Feijão apresentou, no estande, as cultivares de feijão comum BRS FC104, BRS FP403, BRS Esplendor, BRS Estela, BRSMG Realce, BRS Embaixador, BRS Ártico, BRSMG Madrepérola e BRS Estilo. A Embrapa Arroz e Feijão destacou-se no evento por meio da apresentação de palestras. Foram conduzidas três apresentações: 1) “Manejo sustentável da mosca-branca em sistemas de produção agrícola” (pesquisadora Eliane Dias Quintela); 2) “Oportunidades e desafios para o biocontrole de doenças na cultura do feijoeiro” (pesquisador Murillo Lobo Júnior); e 3) “Feijão escuro e armazenado ainda é bom para o consumo?” (pesquisadora Priscila Zaczuk Bassinello). Além disso, houve o lançamento do segundo volume da publicação do Grupo Técnico de Consultores de Feijão (GTEC) sobre o projeto seis toneladas de feijão.

Já a Embrapa Hortaliças levou ao estande as cultivares de grão-de-bico Cícero e BRS Aleppo, a lentilha Silvina e a ervilha Mikado. As cultivares de grão-de-bico despertaram o interesse de grande número de visitantes do estande. A cultivar Cícero se destaca pela ampla adaptação às condições de clima e de solo do Brasil Central e a cultivar BRS Aleppo destaca-se pela alta produtividade, que varia entre 2.500 e 3.500 kg/ha, e pelo elevado nível de tolerância a um complexo de fungos de solo. Ambas as cultivares respondem bem à colheita mecanizada e ao cultivo irrigado em altitudes superiores a 800 metros.

Outra participação importante da Embrapa no evento foi a palestra apresentada pela pesquisadora e chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Sílvia Maria Fonseca Silveira Massruhá, que apresentou o tema “Da biotecnologia ao Big Data, a agricultura sustentável e inteligente”.

Oficina de farinhas à base de feijões - Uma das atrações do VI Fórum Brasileiro do Feijão - Pulses e Colheitas Especiais (Curitiba, PR) foi a oficina para fabricação de pães, pizzas e biscoitos com farinhas de feijão branco, feijão-caupi e grão-de-bico.

A oficina, com um formato de aula-show, foi ministrada pela culinarista Wanilda Arrais. O pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Jorge Hashimoto falou sobre o uso da farinha de feijão-caupi na fabricação de biscoitos e pães. A oficina foi uma parceria com o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE), promotora do evento.

Participaram da oficina 16 pessoas que acompanharam a preparação de alguns produtos e receberam informações sobre os ingredientes, ponto de cada massa, as suas características, instruções de manuseio, texturas e versatilidade de cada alimento. Ao final da aula, os participantes puderam degustar os produtos.

Os cookies que foram mostrados na oficina, por exemplo, levam em sua formulação 100% de farinha de Feijão-caupi, livre de glúten. Eles apresentam o dobro do teor proteico e longa vida de prateleira, o que é uma grande vantagem para a indústria alimentícia e para lojas e outros estabelecimentos do ramo. No caso dos pães, entre 30% a 45% da massa é composta por este tipo de farinha; nas massas de minipizza e de pastel assado, 50%.

Fonte: Embrapa Meio-Norte

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