Mercado Financeiro

ECONOMIA: Entidades reduzem projeções para crescimento e inflação

A lentidão da atividade econômica neste início de ano tem provocado ajustes nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB), ao mesmo tempo que a grande ociosidade da economia reduz as estimativas para a inflação


Publicado em: 07/02/2019 às 19:40hs

ECONOMIA: Entidades reduzem projeções para crescimento e inflação

Anbima - O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) - que reúne 25 economistas de instituições associadas - cortou a estimativa para a expansão do produto neste ano para 2,6%, de 2,8% previstos em dezembro do ano passado.

Avanço gradual - A economia brasileira iniciou o ano avançando de forma "mais gradual", afirmou, em nota, Fernando Honorato, presidente do comitê da Anbima.

Banco Fibra - O Banco Fibra, em relatório também divulgado ontem, diz ter colocado viés de baixa na estimativa de crescimento de 2,5%. "Os indicadores coincidentes e antecedentes já divulgados neste início de ano nos mostram uma economia crescendo ainda muito lentamente, com gradual melhora do mercado de trabalho", diz o texto elaborado pela instituição.

Bradesco - Em meados de janeiro, outra instituição financeira, o Bradesco, já tinha reduzido a expectativa de crescimento do PIB do primeiro trimestre deste ano de 0,7% para 0,3%, resultado da herança pior que a esperada deixada pelo quarto trimestre do ano passado, cujos números oficiais serão conhecidos no início de março. A herança estatística mais fraca do fim de 2018 e a atividade ainda fraca neste início de ano tornam mais desafiador crescer acima de 2,5% neste ano, economistas disseram ao Valor em janeiro.

Relatórios - No caso dos relatórios divulgados nesta terça-feira (05/02), ambos, Fibra e Anbima, avaliam que o avanço na agenda de reformas, Previdência em especial, a melhora da confiança e das condições financeiras devem contribuir para acelerar a economia ao longo do ano.

Aceleração - "Mesmo reconhecendo o início mais gradual, o avanço na agenda de reformas e a posição cíclica da economia, incluindo importante melhora nas condições financeiras, devem provocar aceleração do crescimento ao longo de 2019", afirma Fernando Honorato.

IPCA - Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019, o comitê da Anbima reduziu ligeiramente sua estimativa, de 4% para 3,9%, um movimento já registrado também pelo boletim Focus, do Banco Central, em que a mediana das estimativas está em 3,94%. O Banco Fibra projeta uma inflação mais abaixo, em 3,45%. Ambos estimam a Selic em 6,5% até o fim deste ano.

Outubro - Na reunião de dezembro, os economistas da Anbima tinham apontado expectativas de aumento a partir de outubro, com a taxa chegando a 7,5% no encerramento do ano. "A mudança da estimativa foi provocada pela percepção do comitê de que o crescimento da economia pode ser mais moderado do que o previsto anteriormente", diz o relatório da instituição.

Dólar - O comitê também revisou a projeção do dólar: de R$ 3,80, na reunião anterior, para R$ 3,70. O resultado corresponderia a uma valorização de 4,5% do real no ano. O Fibra espera que a cotação caia a R$ 3,50 até o fim do ano, dos atuais R$ 3,67.

Fonte: Portal Paraná Cooperativo

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