Mercado Financeiro

Dólar opera em alta, no patamar de R$ 3,70

No dia anterior, o dólar fechou em queda de 0,65%, vendida a R$ 3,6883


Publicado em: 23/10/2018 às 10:40hs

Dólar opera em alta, no patamar de R$ 3,70

O dólar opera em alta nesta terça-feira (23), em dia de aversão ao risco no exterior devido a preocupações com o crescimento da China, orçamento italiano e o Brexit do Reino Unido, embora o otimismo com o desfecho eleitoral doméstico sirva de contraponto, segundo a Reuters.

Às 10h07, a moeda norte-americana subia 0,36%, vendida a R$ 3,7017.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de US$ 8,027 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

No dia anterior, o dólar fechou em queda de 0,65%, vendida a R$ 3,6883. Na mínima do dia, o dólar chegou a R$ 3,6692.

Perspectivas

Desde agosto, a moeda norte-americana vinha se mantendo acima de R$ 4, em meio a incertezas sobre a corrida eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que fez aumentar a procura por proteção em dólar.

Nas últimas semanas, porém, a expectativa de que a cautela iria predominar nos mercados foi substituída por ajuste de posições e uma intensa queda da moeda, em meio ao resultado do 1º turno e expectativas sobre o desfecho da corrida eleitoral.

O mercado prefere candidatos com viés mais reformista e liberal, e entende que aqueles com viés mais à esquerda não se enquadram nesse perfil. E cresce entre os investidores a percepção de que o país poderá ser governado por alguém com um perfil mais alinhado às suas preferências.

A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 recuou de R$ 3,81 para R$ 3,75 por dólar, segundo previsão de analistas de instituições financeiras divulgada por meio de boletim de mercado pelo Banco Central nesta semana. Para o fechamento de 2019, permaneceu estável em R$ 3,80 por dólar.

A despeito das persistentes incertezas para a economia brasileira, alguns especialistas apontam que uma nova rodada de queda do dólar no curto prazo não é descartada. Mas seria preciso um movimento bastante intenso de busca por risco no exterior ou uma nova onda de euforia com o futuro cenário político e agenda de reformas.