Historiando, no segundo semestre de 2018, o valor médio registrado ficou 16% acima do alcançado um ano antes. No primeiro semestre deste ano, esse índice de incremento mais do que dobrou, subindo para 36%, com picos de até 67% de variação anual. E nos dois primeiros meses do corrente semestre, a variação anual – já novamente em decréscimo – ficou em 19%.

Pois em setembro corrente, pela primeira vez em 16 meses, esse resultado deve ficar negativo – resultado previsível levando em conta o desempenho do frango abatido na primeira quinzena do mês.

Não era esperado: frente ao bom desempenho observado nos primeiros cinco dias de setembro, dava-se como certa a vinda de novas altas na segunda semana do mês (8 a 14 de setembro, 37ª de 2019), pois esse é, habitualmente, o período de concentração de compras no mês.

Porém, em vez de avançarem, os negócios da segunda-feira (contrariando as expectativas de forte reposição pós-feriado de 7 de setembro) permaneceram no mesmo patamar da sexta-feira anterior, após o que entraram em incisivo processo de baixa. E, com ela, também os preços.

Sumarizando, a mais recente “sexta-feira 13” foi encerrada com um valor médio 6% inferior ao do mesmo dia do ano anterior, enquanto a primeira quinzena registra, para esse período, o pior resultado dos últimos 13 meses.

Como esse cenário negativo tende a permanecer e se acentuar no decorrer da presente quinzena, novas baixas podem ocorrer até que se encontre um ponto de estabilização (vide, no gráfico abaixo, o que aconteceu com o frango abatido na segunda quinzena de setembro de 2018). Assim, tudo indica que o resultado inferior atual ainda não seja o limite.

Já o frango vivo comercializado no interior paulista permaneceu cotado a R$3,30/kg, valor que no último sábado (14) completou 89 dias de vigência. Mas – é a pergunta que todos fazem neste instante – até quando? Pois em Minas Gerais – como reflexo das fracas condições do mercado – em apenas quatro dias de comercialização o frango vivo perdeu 35 centavos, seu preço passando de R$3,40/kg uma semana antes, para R$3,05/kg na quinta-feira, valor que permaneceu estável nos dois últimos dias da semana.

Concluindo, a presente quinzena é verdadeira incógnita na comercialização do frango. E isso se aplica tanto à ave viva como à abatida.