Pesquisadores desvendaram a diversidade genômica de duas cepas do fungo causador da bainha negra do arroz, o Rhizoctonia solani. O estudo publicado na revista de pesquisa indiana Functional and Integrative Genomics sugere a explicação para a agressividade da doença. Foram identificados vários genes e famílias de genes que podem colaborar no desenvolvimento de variedades de arroz resistentes à doença.

Os pesquisadores, que têm trabalhado para caracterizar as cepas indianas do patógeno fúngico nos últimos quatro a cinco anos, decidiram estudar o genoma de duas das cepas hiperagressivas. A análise revelou que houve expansão e emergência de vários genes e famílias de genes em ambas as linhagens indianas. No processo, eles identificaram vários genes associados à patogenicidade e famílias de genes que podem explicar a agressividade da doença.

Em entrevista à plataforma India Science Wire, o líder da equipe, o Dr. Gopaljee, disse: “A caracterização adicional dos genes identificados será útil para entender seu papel na patogênese do fungo. A manipulação genética dos genes associados à patogenicidade no arroz através de várias abordagens biotecnológicas pode ser útil no desenvolvimento de arroz resistente à bainha”.

A bainha negra pode causar perdas de até 60% na produtividade da lavoura de arroz e cultivar variedades de arroz resistentes a doenças ainda é um desafio, já que há falta de fonte natural de resistência a doenças.