Milho e Sorgo

Demanda segue fraca e milho se desvaloriza na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira

As principais cotações registravam quedas entre 2,00 e 2,25 pontos por volta das 09h16 (horário de Brasília)


Publicado em: 25/04/2019 às 11:10hs

Demanda segue fraca e milho se desvaloriza na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira

A quinta-feira (25) começa com desvalorização presente nos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam quedas entre 2,00 e 2,25 pontos por volta das 09h16 (horário de Brasília). O vencimento maio/19 era cotado à US$ 3,44, o julho/19 valia US$ 3,53 e o setembro/19 era negociado por US$ 3,62.

Segundo análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os preços do milho para novos contratos caíram durante a noite, após o fechamento das negociações na Ásia. Os futuros continuam buscando um fundo, apesar de uma primavera úmida atrasar o plantio e os trabalhos de campo nos Estados Unidos.

“As notícias de demanda também não estão dando muita força ainda. Espera-se que as vendas de exportação caiam um pouco em relação ao total de 37,3 milhões de bushels (947.457 toneladas) da semana passada, embora os embarques tenham mostrado sinais de recuperação”, pontua Knorr.

Confira como fechou o mercado na última quarta-feira:

Grandes estoques e ritmo de plantio deixam Bolsa de Chicago com queda para preços do milho nessa 4ªfeira

A quarta-feira (24) chega ao final com a desvalorização presente na Bolsa de Chicago (CBOT) para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram quedas entre 3,75 e 4,50 pontos.

Os vencimentos maio/19 foram cotados à US$ 3,46, o julho/19 valeu US$ 3,56 e o setembro/19 foi negociado por US$ 3,64.

Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho continuam a sofrer uma pressão de baixa por parte de grandes estoques e um ritmo de plantio mais rápido esta semana, perdendo outros 1,5% na sessão de hoje.

De acordo com informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos caíram para seu nível mais baixo em sete meses nessa quarta-feira.

O mercado também aguarda a divulgação do relatório de exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que deve ser realizada nessa quinta-feira. Os analistas esperam que a agência mostre vendas de milho entre 23,6 milhões e 43,3 milhões de bushels na semana encerrada em 18 de abril (entre 599.463 e 1.099.863 toneladas).

Mercado Interno

Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as desvalorizações apareceram somente nas praças de Palma Sola/SC (1,67% e preço de R$ 29,50), Pato Branco/PR (1,81% e preço de R$ 27,20), Rondonópolis/MT (3,57% e preço de R$ 27,00), Alto Garças/MT (4% e preço de R$ 24,00), Itiquira/MT (4% e preço de R$ 24,00) e Primavera do Leste/MT (4,17% e preço de R$ 23,00).

Não foram percebidas valorizações nessa quarta-feira.

Para a Radar Investimentos, o ritmo dos negócios está mais calmo no mercado físico nesta semana. “De fato, a puxada do dólar tem melhorado a paridade de exportação, o que estimula a venda para o mercado externo”.

Também nesse sentido, a Agrifatto Consultoria verifica poucas mudanças no mercado físico e aponta que, a novidade fica por conta do 3º leilão de venda dos estoques públicos de milho da Conab no Mato Grosso realizado hoje (24). “Após baixa significativa nos preços de abertura, a demanda, de 29,6% das 44,53 mil toneladas ofertadas, foi um pouco maior que a dos dois anteriores (5,4% e 25,5% do total)”.

No mercado local, compradores estão fora do diferido, após boa reposição dos estoques na última segunda-feira. A preferência ainda é pelas cargas do Centro-Oeste e de Minas Gerais, que aparecem com referências abaixo do mercado tributado pela necessidade de segurar a soja nos silos e armazéns.

Nos campos, o bom volume de chuvas conduz um desenvolvimento das lavouras de inverno animador e os números finais de safra devem ficar próximos aos maiores da história. O cenário externo é baixista (estoques elevados, superproduções e baixa demanda para rações) e nem mesmo as altas do dólar frente ao real estão sendo suficientes para sustentar as indicações no porto.

Fonte: Notícias Agrícolas

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