Café

Conselho aprova distribuição de recursos do Funcafé

Ministra Tereza Cristina disse que é preciso pensar em instrumentos para ampliar o orçamento para o fundo


Publicado em: 19/03/2020 às 09:20hs

Conselho aprova distribuição de recursos do Funcafé

O Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) aprovou na sexta-feira (13) a proposta de distribuição dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para o ano safra 2020/2021. Dos R$ 5,7 bilhões do orçamento do fundo, R$ 1,6 bilhão será destinado para custeio, R$ 2,3 bilhões para a comercialização, R$ 1,15 bilhão para a aquisição de café.

Outros R$ 650 milhões irão para capital de giro e R$ 10 milhões para a recuperação de cafezais.

Na abertura do encontro, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse que é preciso pensar em instrumentos para ampliar o orçamento do Funcafé e financiar mais produtores, chamando gente de mercado para pensar em alternativas.

“O que a gente tem tentado fazer com todas as cadeias produtivas aqui no Mapa é incentivar os integrantes a pensar fora da casinha, e a gente está fazendo isso aqui todos os dias. Se der certo, ótimo, mas vamos focar principalmente nesses produtos que já são cadeias tradicionais, que já estão segmentados como o café e a cana-de-açúcar”, disse a ministra.

A ministra também destacou a necessidade de ampliar o segmento do café gourmet, com recursos para equalizar financiamentos, baixar juros, viabilizando alternativas de produção aos cafeicultores de menor porte, sabendo onde estão os gargalos para ajudá-los a agregar valor à produção.

Sobre o preço mínimo do café, a ministra ressaltou que é preciso trabalhar para aperfeiçoá-lo, com o objetivo de passar mais confiança à cafeicultura. “Esse valor é técnico e deve ser condizente com a realidade. Não deve ser usado como uma política de preços”, alertou ela.

OIC

O Conselho também debateu a manutenção da Organização Internacional do Café (OIC), para cumprir seu papel de apoiar a cafeicultura mundial.

A ministra reconheceu que o Brasil, como maior produtor mundial de café, deve ter atuação mais ativa na organização. Ela disse que apoia a presença do país na OIC e defende a apresentação de um plano de reestruturação, na reunião da entidade, em setembro, em Londres. “É o único organismo do setor e precisa ser bem utilizado”, completou ela.