Conab aponta queda de área para básicos e aumento para produtos exportáveis

A safra do próximo ano terá redução de área no plantio de produtos básicos e aumento na dos produtos exportáveis


Publicado em: 13/12/2018 às 20:00hs

Conab aponta queda de área para básicos e aumento para produtos exportáveis

Os dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) desta terça-feira (11) apontam uma queda de área de 7% para arroz e de 3% para feijão na safra 2018/19.

Já a área de soja, a maior dedicada a grãos no país, sobe para o recorde de 35,8 milhões de hectares, 2% mais do que a anterior.

A área do milho —que vem perdendo espaço na safra de verão e ganhando na de inverno— sobe para 16,7 milhões de hectares, um pouco acima da anterior.

A diminuição de área dos produtos básicos e o não crescimento da produtividade farão com que a produção do próximo ano fique abaixo da deste.

Com essa queda, os estoques de passagens de um ano para outro voltam a cair. O de arroz, o menor em cinco safras, será suficiente para apenas 14 dias de consumo.

Os estoques de feijão, devido à queda da safra para 3 milhões de toneladas, serão suficientes para 21 dias.

Esses estoques levam em consideração a produção, importação, exportação e consumo interno.

O milho, uma cultura que vem ganhando espaço nos anos recentes, terá uma produção de 91 milhões de toneladas em 2018/19. Se a estimativa da Conab se confirmar, a safra terá evolução de 13%.

A soja atinge novo recorde e somará 120 milhões de toneladas, 1% mais do que a produção de 2017/18.

A safra total de grãos de 2018/19 atingirá 238,4 milhões de toneladas, 5% mais do que a anterior. A produção não cresce mais porque as condições climáticas não serão muito favoráveis e vários produtos apresentarão queda de produtividade, segundo cálculos da Conab.

O Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) também divulgou dados de grãos nesta terça-feira. Na avaliação do órgão americano, a produção mundial de soja sobe para 369,2 milhões de toneladas.

Estados Unidos, com 125,2 milhões, e Brasil, com 120,5 milhões, lideram a produção mundial. Já a China, com compras previstas de 90 milhões de toneladas, lidera as importações mundiais.

Fonte: Folha de S. Paulo

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