Gestão

Como tornar sua água mais produtiva?

Agricultores em todo o mundo estão sob pressão para otimizar a eficiência do uso da água. Eles enfrentam desafios como seca, lixiviação, desperdício e dificuldade de acesso a reservas


Publicado em: 11/03/2020 às 14:40hs

Como tornar sua água mais produtiva?

O Brasil, mesmo sendo uma potência no que se refere à disponibilidade de água em seu território, vem encontrando problemas com a escassez hídrica nos últimos anos.

De encontro a essas necessidades, tecnologias vêm surgindo para contribuir com a gestão hídrica e com aumentos significativos de produtividade. É o caso da irrigação por gotejamento, sistema que entrega água e nutrientes na raiz das plantas, melhorando sua eficiência e garantindo safras mais produtivas.

O Brasil, com os seus cerca de 6 milhões de hectares irrigados e uma expansão anual estimada em 200 mil hectares, segundo dados da ANA (Agência Nacional das Águas), oferece uma grande oportunidade para que a irrigação ganhe cada vez mais relevância. No entanto, os problemas de escassez de água e as dificuldades cada vez mais iminentes para concessão de uso, continua exigindo da agricultura irrigada maior eficiência, ou seja, obter melhores rendimentos com menores volumes de água, o que implica em aumentar a “produtividade da água”.

“A produtividade da água é um método moderno utilizado para mensurar a quantidade de água, em milímetros, aplicado na produção de uma tonelada de qualquer alimento. O cálculo leva em conta a interação de dois fatores muito importantes: a produtividade e o volume de água aplicado pelo agricultor”, explica Cristiano Jannuzzi, Gerente Agronômico da Netafim/Amanco.

Pensando nisso, a Netafim/Amanco desenvolveu um estudo em diversas áreas produtoras, com diferentes culturas, chegando à conclusão que a irrigação inteligente – que alia gota a gota, com a nutrirrigação – reduz até 50% no consumo da água, e aumenta a produtividade de 100% em alguns casos. Isso significa que a produtividade da água pode ser de 65% a 95% maior neste sistema.

Na Fazenda Unaí (MG), os 84 hectares de soja com irrigação por gotejamento produziram 91 sc/ha, consumindo em média 10,8 mm de água para cada saca entregue. Na área de testemunha a produtividade alcançada foi de 55 sc/ha, com consumo de 18,8 mm por saca, ou seja, mais água e menos produtividade. Assim, é possível concluir que a produtividade da água do sistema gota a gota neste cenário foi de 74% mais eficiente, frente a testemunha, uma vez que consumiu 8 mm a menos por saca e produziu 65% a mais.

Outra fazenda observada foi a Tabapuã Pirineus, em Cocalzinho de Goiás (GO), que produz milho em 25 hectares e obteve os seguintes resultados: produtividade de 300 sc/ha e uso de 1,66 mm de água para cada saca produzida no gotejamento. Já na testemunha a produção foi de 160 sc/ha com consumo de 3,25 mm para cada 60/kg do cereal. Como conclusão temos que a produtividade da água no gotejo foi 96% superior ao método tradicional, já que o sistema utilizou 1,59 mm menos para produzir a mesma saca, ao mesmo tempo que o incremento da produtividade foi de 88%.

“Com o estudo percebemos que de maneira geral, os métodos inteligentes de irrigação, sobretudo os que envolvem controle, monitoramento e precisão, são o futuro da agricultura, pois aliam produtividade elevada e atividade sustentável”, concluí o gerente agronômico.

Neste sentido, a Companhia desenvolveu o primeiro sistema de irrigação com cérebro do mundo. O NetBeat possibilita monitorar, analisar e automatizar todo o sistema de irrigação, em tempo real, por meio de smartphone, computador ou tablet. “O NetBeat é uma espécie de combo digital do agricultor, que graças ao advento do monitoramento inteligente, garante seu cultivo sempre com ele, na palma da mão”, destaca o Gerente de Digital Farming, Bruno Toniello.

O grande diferencial da solução de irrigação 4.0, é oferecer recomendações técnicas ao produtor a partir da análise de dados em tempo real, combinado com modelos de cultivo para auxiliam em tomadas de decisões mais assertivas e, consequentemente, em safras mais produtivas.

O monitoramento inteligente também ajuda na redução de custos, ao evitar falhas de produção, desperdícios de insumos, gastos excessivos com água e energia elétrica, tornando a atividade mais rentável em todos os aspectos. “É primeiro a combinar modelos de cultivo para oferecer soluções customizadas e adaptáveis a necessidades”, acrescenta Toniello.

Fonte: Netafim/Amanco

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