Soja

COCAMAR: A soja se expande na região de Nova Londrina

A chegada da Cocamar no final de 2017 à região de Nova Londrina, no extremo noroeste do Paraná, quando absorveu as estruturas da antiga Copagra, tem sido um incentivo para que produtores invistam no plantio de soja


Publicado em: 03/06/2020 às 08:40hs

COCAMAR: A soja se expande na região de Nova Londrina

Área cultivada - De acordo com o gerente das unidades de Nova Londrina e Terra Rica, Fábio Assis, foram cultivados 2,3 mil hectares com a oleaginosa na safra 2019/20 e a projeção é chegar a 3,5 mil no próximo período, cuja semeadura inicia em setembro. Além desses dois municípios, as lavouras estão em expansão em Itaúna do Sul e Diamante do Norte, que compõem a sua área geográfica. “Com isso, estamos registrando um crescimento, também, na comercialização de insumos”, frisou.

Confiantes - O interesse dos produtores pela soja se deve ao fato de ser uma cultura de liquidez e também porque, com a presença da cooperativa, eles se sentem mais confiantes e seguros.

Orientação técnica- Passaram a ter orientação técnica e unidades para fazer a entrega dos grãos em regiões próximas (as cidades de Santa Isabel do Ivaí, Santa Cruz de Monte Castelo e Querência do Norte, onde há estruturas operacionais para o recebimento).

Exemplo - O cooperado Antonio Carmo Pacífico é um exemplo do que a Cocamar, interessada no desenvolvimento regional, pretende para aquela região de solos arenosos, onde a pecuária extensiva e as culturas de cana e mandioca são dominantes na paisagem.

Integração - Pacífico, de 62 anos, extrai sua renda de uma atividade que vem chamando a atenção por ali: o sistema de integração em que o cultivo da soja faz a reforma os pastos. Ele possui 363 hectares e conta que por gostar da pecuária – e ver futuro nela – é que resistiu firme ao assédio da usina e dos mandioqueiros, interessados em arrendar suas terras.

Alternativa promissora - “Eu vi na integração uma alternativa promissora, a salvação da terra arenosa”, diz o produtor, que por muito tempo dedicou-se apenas à pecuária. Segundo ele, ao perceber o declínio natural dos pastos, em razão do esgotamento do solo, partiu em busca de uma solução que acabou encontrando na Cocamar.

Bons resultados - Há alguns anos, orientado pela cooperativa, ele deu início à integração e, no seu entender, os resultados têm sido animadores. Graças à revitalização dos pastos, onde o capim braquiária se desenvolve bem após um ciclo de dois anos de solo cultivado com soja, ele já conseguiu aumentar a ocupação que era de 1,2 a 1,6 cabeças por hectare para a média de 2,8.

Mais gado - “Hoje eu tenho mais gado em menos área”, comenta o produtor, satisfeito, explicando que no inverno, por causa da braquiária, ele possui pasto de qualidade que possibilita ao rebanho ganhar peso ao longo de pelo menos quatro meses, enquanto na região, nesse mesmo período, o comum é as pastagens minguarem e o gado passar fome. “Eu tenho pasto à vontade numa época que poucos têm”, observa.

Um dos primeiros - O produtor foi um dos primeiros a investir na integração e, por isso, está despertando a curiosidade da vizinhança. Para diluir os riscos, ele costuma travar os custos de produção, comercializando uma parte da safra futura, e faz seguro de toda a lavoura, Dos maquinários que necessita para lidar com a oleaginosa, ele só não possui a colheitadeira e contrata o serviço junto a terceiros.

Rotação - O gerente Fábio Assis observa que a soja vem conquistando espaços, também, em programa de rotação com mandioca. O objetivo dos produtores, com isso, segundo ele, é a maior eficácia no controle de pragas e a redução dos gastos com o preparo do solo. “Mais de 40% dos custos da cultura da mandioca são provenientes do preparo do solo”, diz. A rotação funciona da seguinte forma: os produtores preparam o solo normalmente para a mandioca e após o ciclo dessa cultura, entram com soja ou milho, voltando com a mandioca a seguir.

Fonte: Imprensa Cocamar

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