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CNA debate no Mapa demandas da aquicultura

A Comissão Nacional de Aquicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu na terça (29) com o secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Jorge Seif Júnior, para discutir as principais demandas do setor aquícola


Publicado em: 05/02/2019 às 09:40hs

CNA debate no Mapa demandas da aquicultura

De acordo com o presidente da Comissão, Eduardo Ono, o funcionamento do principal laboratório de pesquisa aquática do País, o Aquacen, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi um dos assuntos debatidos no encontro.

“Em um trabalho conjunto com a universidade, nós conseguimos evitar a desativação do laboratório e prorrogar por três meses o Termo de Execução Descentralizada (TED) que o mantinha em funcionamento”.

O Aquacen é o único laboratório do Brasil que faz diagnóstico para todas as doenças de animais aquáticos, inclusive as de notificação obrigatória à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

“Nós explicamos para o secretário que o nosso objetivo é que o Aquacen continue em operação mesmo após esse prazo. Queremos construir um novo TED de pelo menos dois anos que dê continuidade às atividades”, disse Ono.

O tema também foi discutido com o coordenador geral de Laboratórios Agropecuários do Mapa, Rodrigo Nazareno.

Outro assunto pautado na reunião com o secretário foi o financiamento de pesquisa e desenvolvimento aquícola. Eduardo explicou que atualmente os temas das pesquisas não são definidos pelo setor. “Precisamos de um redirecionamento dos critérios de pesquisa para que as nossas demandas sejam priorizadas, trazendo assim, benefícios para toda cadeia”.

Ainda na terça (29), representantes da Comissão da CNA e da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) se reuniram com o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério para debater os riscos da importação do camarão do Equador.

Ono esclareceu que em 2018, a ministra Cármem Lúcia suspendeu a importação de camarão do país sul-americano e afirmou que só liberaria a entrada no Brasil se o mesmo fosse aprovado em Análise de Risco de Importação (ARI).

Entretanto, no início deste mês, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, anulou a liminar e permitiu a importação do camarão marinho “Litopenaeus vannamei”, do Equador.

Segundo o presidente da Comissão, a importação dessa espécie apresenta risco à atividade pesqueira brasileira, uma vez que existem doenças virais e bacteriológicas naquele país e ausentes no Brasil.

“O setor vai batalhar para pedir a revisão da avaliação de risco até que se comprove que o produto não apresenta perigo para o nosso país”, concluiu.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA/SENAR

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