Isso quer dizer que o Paraná continua na liderança do setor, com aumento de volume de quase 9% neste ano e uma participação nas exportações nacionais já muito próxima dos 40%.

Mas se até recentemente a liderança paranaense era considerada imbatível, agora já não deixa tanta certeza. Porque Santa Catarina, que um ano atrás (neste mesmo período) detinha 27% do total, agora elevou essa participação acima de 34% - um aumento de 28%, enquanto o aumento de participação paranaense mal passou de 2%.

Tudo indica, porém, que o grande incremento das exportações catarinenses seja apenas contábil, ou seja, decorrente de mudanças na metodologia da SECEX/MDIC. Aponta nessa direção o fato, por exemplo, o incremento de Santa Catarina (+36,38%) corresponder a um volume adicional de 220 mil toneladas em relação ao exportado nos mesmos sete meses de 2018, enquanto o incremento em nível nacional não chegou a 150 mil toneladas (mais exatamente,146,5 mil/t).

Reforçando essa tese constata-se que na totalidade das UFs que realizam exportação através das mesmas empresas sediadas em Santa Catarina – como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, entre outras – os embarques deste ano vêm sendo altamente negativos, alcançando volume próximo das 150 mil toneladas.

Em suma, observado o desempenho global das exportações no corrente exercício, é certo que o aumento registrado vem tendo a participação de Santa Catarina. Mas em níveis inferiores aos apontados pelos dados oficiais.