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Café: Cotações do arábica operam com leve alta nesta manhã de 2ª feira na Bolsa de Nova York

Por volta das 09h27 (horário de Brasília), o vencimento março/19 registrava 104,40 cents/lb com alta de 30 pontos e o maio/19 subia 35 pontos, a 107,55 cents/lb


Publicado em: 10/12/2018 às 11:30hs

Café: Cotações do arábica operam com leve alta nesta manhã de 2ª feira na Bolsa de Nova York

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de segunda-feira (10). O mercado externo do grão se acomoda tecnicamente depois de registrar queda de cerca de 200 pontos na última sexta-feira, mas operadores seguirão atentos ao câmbio.

Por volta das 09h27 (horário de Brasília), o vencimento março/19 registrava 104,40 cents/lb com alta de 30 pontos e o maio/19 subia 35 pontos, a 107,55 cents/lb. Já o julho/19 trabalhava com avanço de 35 pontos, a 110,25 cents/lb e o setembro/19 registrava ganhos de 45 pontos, cotado a 113,00 cents/lb.

No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 420,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 428,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 408,00.

Veja como fechou o mercado na sexta-feira:

Café: Cotações do arábica recuam cerca de 200 pts nesta 6ª em NY com dólar e informações da oferta

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta sexta-feira (07) com queda próxima de 200 pontos. O mercado encerrou a semana com pressão da valorização do dólar ante o real e informações otimistas sobre a oferta. Na semana, a baixa acumulada foi de 3,21%.

O vencimento março/19 fechou a sessão com queda de 185 pontos, a 104,10 cents/lb e o maio/19 teve baixa de 185 pontos, cotado a 107,20 cents/lb. Já o contrato julho/19 registrou 109,90 cents/lb com desvalorização de 190 pontos, enquanto que o setembro/19 registrou 112,55 cents/lb e 185 pontos de recuo.

"A semana foi toda de queda com as cotações aos poucos voltando para o patamar próximo dos 100,00 cents para o vencimento mais próximo. A queda acumulada foi de 345 pontos", disse em relatório a Origem Corretora. O câmbio foi o principal fator de pressão, mas a oferta também movimentou os preços.

O dólar comercial encerrou a sessão desta sexta-feira com alta de 0,39%, cotado a R$ 3,8902 na venda, acompanhando o exterior. A moeda mais valorizada em relação real tende a encorajar as exportações da commodity, mas em compensação pesa sobre as cotações externas na ICE Futures US.

Na semana, o dólar subiu 0,89%, pela sexta vez seguida. "A vantagem do payroll (relatório do mercado de trabalho dos EUA) é que as piores apostas (de alta de juro) passaram e que apostas mais neutras virão", disse para a agência Reuters um gestor de derivativos de uma corretora estrangeira.

"As relações cambiais, especialmente, entre o dólar americano e o real, continuam sendo a força motriz no mercado do café. A safra brasileira foi colhida, mas nem sempre está encontrando seu caminho para o mercado devido ao real em relação ao dólar", disse o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Operadores externos também estão atentos com informações fundamentais. "Revisões de safras pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos têm estado no radar dos traders, com números não muito distantes do que os participantes vêm considerando há algum tempo", disse o analista de mercado da Comexim nos EUA, Rodrigo Costa.

O Rabobank, um dos maiores bancos especializados em commodities, relatou recentemente informações de ampla oferta de café em países da América Central, com destaque para grãos de alta qualidade. Segundo dados de comercialização, os produtores brasileiros ainda realizam vendas da última safra, mas lentamente.

Preocupações com a safra também rondam os produtores. "As chuvas deram uma trégua agora, mas não dá para reverter o cenário já consolidado. Inclusive, esse fator pode afetar o volume total colhido nesta temporada", disse o cafeicultor de Nova Resende (MG), Alexandre Maroti em entrevista ao Notícias Agrícolas.

Mercado interno

O lado físico segue com negócios pontuais, ainda bastante impactados pelas recentes quedas no terminal externo. "As médias dos cafés arábica e robusta na parcial desta temporada 2018/19 (de julho a novembro/18) estão abaixo das registradas no mesmo período da safra anterior", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável) e Franca (SP) (estável), ambas com saca a R$ 460,00. A maior oscilação foi registrada em Poços de Caldas (MG) com recuo de 0,88% e saca a R$ 453,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (MG) com saca a R$ 445,00 – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com recuo de 0,95% e saca a R$ 418,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 e estabilidade. A maior oscilação ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 1,19% e saca a R$ 425,00.

Na quinta-feira (06), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 429,43 e avanço de 0,32%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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