Feijão e Pulses

Brasil se destaca no mercado mundial de Feijão

"O Brasil foi o único player a ganhar mercado"


Publicado em: 03/10/2018 às 17:20hs

Brasil se destaca no mercado mundial de Feijão

Informações divulgadas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) indicam que o Brasil vem se destacando internacionalmente no mercado de feijão, principalmente em transações com a Índia. De acordo com o coordenador de Inteligência de Mercado da Apex-Brasil, Igor Celeste, por mais que algumas intemperes atrapalharam as negociações da Índia, o Brasil não foi afetado.

“O Brasil mostra competitividade no setor de feijões e tem espaço para crescer. Ainda que tenha havido uma queda das importações indianas de 27% no último ano, o Brasil foi o único player a ganhar mercado, enquanto grandes competidores como Mianmar e China, respectivamente o primeiro e segundo colocados na exportação de feijões para a Índia, perderam espaço”, afirma.

Nesse cenário, a Índia importou cerca de US$ 553,8 milhões em feijões no ano de 2017, sendo 66,2% mungo, 25,7% feijão rajado, preto e carioca e 8,1% caupi. Deste último, que corresponde a cerca de US$ 44,6 milhões, a Índia importa 74% do Brasil. Para o adido agrícola do Brasil em Nova Déli, Dalci Bagolin, a diminuição nas compras do país de outros grandes exportadores foi fundamental para o Brasil.

“Em função da boa safra indiana nos últimos dois anos e do aumento na área cultivada de pulses no país, o governo indiano fixou uma cota para importação de mungo. Com isso, Mianmar e China perderam mercado e o Brasil conseguiu aumentar participação no segmento como um todo”, explica.

O Brasil exportou cerca de US$ 34 milhões em feijão para a Índia no ano passado, sendo 97% feijão caupi e 3% mungo, que começou a ser vendido internacionalmente apenas no ano passado. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe), Marcelo Eduardo Lüders, esses números representam a competitividade do País.

“Os produtores brasileiros estão atentos às oportunidades internacionais. Por isso, já estamos plantando mungo e fizemos a primeira exportação no ano passado. Acreditamos que, no futuro, o grão pode assumir grande importância nas exportações brasileiras do setor, pois além disso, a China tem diminuído a área plantada”, conclui.

Fonte: Agrolink

◄ Leia outras notícias