Milho e Sorgo

Bolsa de Chicago abre quinta-feira com estabilidade no milho

As principais cotações registravam movimentações entre 0,25 e 0,50 pontos por volta das 09h10 (horário de Brasília)


Publicado em: 18/04/2019 às 10:50hs

Bolsa de Chicago abre quinta-feira com estabilidade no milho

A quinta-feira (18) começa com estabilidade nos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam movimentações entre 0,25 e 0,50 pontos por volta das 09h10 (horário de Brasília). O vencimento maio/19 era cotado à US$ 3,58, o julho/19 valia US$ 3,67 e o setembro/19 era negociado por US$ 3,75.

Segundo os analistas da ARC Mercosul, as cotações são lideradas pelo sentimento de que o conflito comercial entre Estados Unidos e China deverá perdurar por mais tempo do que a especulação previa. “As cotações são lideradas pelo sentimento de que o conflito comercial entre EUA e China deverá perdurar por mais tempo do que a especulação previa”, dizem.

Para Bryce Knorr da Farm Futures, o mercado aguarda que as vendas de exportação que vão ser divulgadas pelos USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) superem a morna exibição de 21,6 milhões de bushels na semana passada, mas ainda há dúvidas sobre a força da demanda americana em relação ao que parece ser boas colheitas da América do Sul que competirão por negócios neste verão.

A produção de etanol de milho americano aumentou na semana passada, mas os estoques caíram, ajudando os preços firmes à medida que o pico da temporada de verão se aproxima. Ainda assim, o etanol precisará de um aumento na demanda do E15 para atender ao já mais baixo consumo de milho do USDA para a safra de 2018.

 

 

A quarta-feira (17) chega ao final com a Bolsa de Chicago (CBOT) da mesma maneira com que começou o dia, apresentando estabilidade nos preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações entre 0,75 negativo e 1,00 negativo.

O vencimento maio/19 foi cotado à US$ 3,58, o julho/19 valeu US$ 3,67 e o setembro/19 foi negociado por US$ 3,75.

Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, o milho inicia movimentos mais baixos uma vez que as previsões meteorológicas prometem mais progresso no plantio da safra americana para os próximos dias.

O mercado aguarda o relatório de exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será divulgado amanhã, com os analistas esperando que a agência mostre vendas de milho entre 19,7 milhões e 37,4 milhões de bushels (entre 500.399 e 949.997 toneladas) para a semana que terminou em 11 de abril.

A Agência Reuters destaca ainda que os mercados aguardam novos sinais de progresso nas negociações comerciais dos EUA com o maior comprador global de soja, a China. Os embarques de soja dos EUA para a China afundaram no ano passado depois que Pequim impôs tarifas sobre as importações dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos e a China agendaram, provisoriamente, uma nova rodada de negociações comerciais face-a-face, com os negociadores pretendendo realizar uma cerimônia de assinatura no final de maio ou início de junho, segundo o Wall Street Journal.

"Estamos nessa posição de espera há meses e os preços não estão mais reagindo a especulações sobre um acordo", disse Matt Ammermann, gerente de risco de commodities da corretora INTL FCStone.

Além disso, a consultoria brasileira Céleres está antecipando uma safra recorde de milho para 2018/19, com sua última estimativa de 3,854 bilhões de bushels (97,8 milhões de toneladas).

Mercado Interno

Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a valorização apareceu somente na praça do Oeste da Bahia (1,43% e preço de R$ 35,50).

Foram percebidas desvalorizações nas praças de Londrina/PR (1,92% e preço de R$ 25,50) e Brasília/DF (3,13% e preço de R$ 31,00).

A Radar Investimentos aponta que o mercado físico do milho está travado. “As incertezas políticas, a movimentação do caminhoneiros em relação ao aumento dos combustíveis e a proximidade do feriado têm feito o produtor se retrair”.

A XP Investimentos destaca que a novidade do dia fica por conta do anuncio de um novo leilão de venda dos estoques públicos de milho no Mato Grosso pela Conab. “Nos dois últimos, o volume negociado ficou abaixo do esperado (apenas 5,4% e 25,5% das 50 mil toneladas disponibilizadas), prejudicado pelos preços (considerados elevados). De acordo com informantes, uma nova rodada de baixa deverá acontecer para que o volume comercializado aumente”.

Fonte: Notícias Agrícolas

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