Transgênicos

Atraso na aprovação de transgênicos na China prejudica o Brasil

Entre 2011 e 2016 a demora na aprovação de transgênicos na China gerou um retração de US$ 2,6 bilhões na economia brasileira


Publicado em: 12/06/2018 às 12:20hs

Atraso na aprovação de transgênicos na China prejudica o Brasil

Um estudo realizado pela empresa de consultoria Agribusiness Consulting Group apontou que o atraso que ocorre na aprovação de transgênicos da China está prejudicando o Brasil. O relatório é intitulado “Impacto da demora das aprovações de transgênicos na China” e foi lançado no dia 30 de maio.

O Brasil é responsável por 1/3 da produção mundial do grão e é o maior fornecedor da oleaginosa para a China, que importa 60% da soja brasileira. Contudo, o relatório indica que se o país asiático adotasse um sistema regulatório mais estável, a relação comercial entre os dois países seria ainda melhor. Segundo o estudo, entre 2011 e 2016 a demora na aprovação de transgênicos na China gerou uma retração de US$ 2,6 bilhões na economia brasileira, fazendo também com que os agricultores perdessem mais de US$ 3 bilhões em lucro.

O levantamento mostrou ainda que a segurança alimentar só pode ser garantida se os produtos chegarem até a mesa do consumidor. Adriana Brondani, diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), concorda com a pesquisa e afirma que essa situação dificulta questões como o combate à fome e a desnutrição, além de comprometer o crescimento econômico de muitos países. “No mercado de transgênicos, assim como em outros, empresas públicas ou privadas têm mais condições de inovar quando podem contar com legislações baseadas em ciência", pontua.

Caso a China regularize rapidamente essa questão, o Brasil pode ser beneficiado com a criação de cerca de 66 mil vagas de emprego, diretas e indiretas, possível aumento no Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente US$ 3 bilhões e aumento no rendimento agrícola de praticamente US$ 2,7 bilhões, sem mencionar um ganho de cerca de US$ 6 bilhões na ampliação das vendas até 2022.

Fonte: Agrolink

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