Gestão

Assistência técnica como aliada na melhoria da cadeia produtiva do leite

Interleite Sul 2018 apresentou resultados obtidos nos três Estados sulinos


Publicado em: 14/05/2018 às 08:20hs

Assistência técnica como aliada na melhoria da cadeia produtiva do leite

A assistência técnica é uma grande aliada no aumento da produção leiteira. Muitos são os projetos desenvolvidos para estimular a expansão da produtividade e, consequentemente, a renda dos produtores rurais. Visando o novo contexto da produção de leite do Sul do País, o Interleite Sul 2018 reuniu entidades que são referência na assistência técnica no meio rural a fim de relatar experiências exitosas nas propriedades rurais.

Paulo Tadatoshi Hiroki, da Emater/PR, falou sobre os resultados práticos alcançados por meio do trabalho com produtores rurais do Paraná. São trabalhados cinco projetos, divididos por região, considerados estratégicos na produção de leite. “A expectativa é gerar renda capaz de elevar o valor bruto da produção medido nessas regiões. A Emater/PR tem como objetivo contribuir na estruturação da propriedade rural auxiliando, especialmente, em aspectos econômicos”, explicou.

São formados grupos de produtores e selecionada uma propriedade-referência na qual são feitas medições e avaliações necessárias para que o grupo todo evolua. A metodologia, utilizada nas regiões norte e sul do Estado trabalha com um marco-zero da propriedade, contrata um plano de trabalho junto ao produtor e avalia as principais alterações necessárias visando melhorar a produção e a rentabilidade. “São atendidos cerca de quatro mil produtores somente nessa metodologia. A grande mudança que observamos é na estruturação da produção que passa a ser qualificada”, salientou.

No Rio Grande do Sul, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/RS) trabalha com três programas voltados à assistência técnica no campo. O Leitec oferece um pacote de ações voltadas à tecnologia no meio rural, atendendo atualmente cerca de 400 propriedades. Outra linha de atuação ocorre por meio do programa Juntos Para Competir em parceria com o SEBRAE/RS que trabalha com 611 produtores rurais. Além disso, adere a metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) com outros 1.120 agricultores.

“A grande contribuição da assistência técnica na produção leiteira é, efetivamente, o crescimento dos produtores. O foco é fortificar o alicerce da produção com base na nutrição, na gestão e na sanidade, além do melhoramento genético. Essa é uma base pela qual buscamos fortalecer os produtores e motivá-los a permanecer na atividade”, salientou o médico veterinário Herton Lima, do SENAR/RS.

Os três Estados do Sul, a médio prazo, têm potencial para representar 50% da produção de leite do Brasil. “Possuímos uma grande responsabilidade e a assistência técnica é um diferencial nas propriedades que passam a ser estruturadas como verdadeiras empresas rurais”, complementou.

Resultados obtidos pela Emater/RS também foram explanados por Jaime Eduardo Ries. A visão e os resultados práticos da Epagri foram apresentados por Carlos Mader Fernandes.

MERCADO E TECNOLOGIA

Com foco no mercado, tecnologia e futuro da produção leiteira na região Sul, o gerente de marketing da Syngenta João Pedro Bruno falou sobre a qualidade da silagem no aumento da produtividade com a palestra “+ Produtividade + Qualidade de Silagem = + Leite”. Conforme explicou, o produtor pode alcançar essa elevação na produção com um bom manejo, investindo em tecnologia e produzindo mais massa verde (pasto) por hectare.

“Através disso ele buscará maior produtividade leiteira. Além disso, é importante contar com a assistência técnica para garantir o manejo de fertilidade do solo e da lavoura no controle de pragas e doenças”, observou. A Syngenta atua com o Programa Silos que tem como pilares a tecnologia e o serviço. “Temos mais de mil agricultores dentro do projeto que alcançaram incrementado em torno de 20% a mais na produção de silagem e, com isso, tiveram aproximadamente aumento de 3,5 litros de leite por vaca/dia”, exemplificou.

Na sequência, Valter Galan, sócio da MilkPoint Mercado, também abordou a temática e falou sobre “Tendências para o mercado de leite em 2018”. Na sequência, o fundador da AgriPoint e organizador do Interleite Sul 2018, Marcelo Pereira de Carvalho, abordou o tema “Produzir leite no futuro: as novas demandas e necessidade contínua de capacitação”.

REALIZAÇÃO

O evento foi uma iniciativa da AgriPoint e teve como patrocinadores diamante a Lac Lélo, Piracanjuba e Syngenta. O patrocínio platina é da Ceva, Hipra – Referência em Prevenção na Saúde Animal, Lely, Orde Milk, Pioneer, Sementes Adriana e Vetoquinol. O apoio é da Mais Leite, Prefeitura de Chapecó, Grupo Apoiar, Viva Lácteos, Transpondo, Sindicato Rural de Chapecó, Udesc, Mundo do Leite, Intecsol, Balde Branco, Agro e Negócios, Chapecó e Região Convention Visitors Bureau e Emater/RS.

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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