Fruticultura e Horticultura

Argentina usa aviação para pulverizar vinhedos

Operações estão sendo feitas com uso de clorantraniliprole


Publicado em: 11/12/2018 às 09:00hs

Argentina usa aviação para pulverizar vinhedos

O Ministério da Produção e Desenvolvimento Econômico da província de San Juan, no oeste da Argentina, realizou operações aeroagrícolas para proteger sua indústria de vinhos. De acordo com informações do Sindag (brasileiro), as pulverizações em videiras visaram combater a traça da uva (Lobesia botrana) nas localidades de 9 de Julio, Caucete e 25 de Mayo.

As operações estão sendo feitas com uso de clorantraniliprole, um inseticida de baixa toxicidade – da classe dos ryanoides. Segundo o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), o produto é classificado como ambientalmente amigável. Mesmo assim, os produtores rurais foram comunicados para tomarem medidas de segurança, como a cobertura das colmeias.

Essas operações aeroagrícolas já tiveram que ser defendidas na Justiça, uma vez que a ONG (Organização Não Governamental) Oikos entrou com uma ação alegando danos ambientais. O juiz Carlos Dalla Torre rejeitou a alegação da ONG depois que as autoridades comprovaram que a suspensão das pulverizações aéreas é que traria “consequências ambientais, sociais e econômicas imensas para a província”. Além disso, o governo local também ressaltou que o produto usado é de “tarja toxicológica verde, isto é, normalmente não representa um perigo”.

O engenheiro agrônomo Esteban Frola, especialista e consultor em tecnologias de aplicação aérea e terrestre, contou que foram feitos controles para garantir a manutenção de polinizadores. “Foi aplicada uma primeira dose de inseticida (120 Coragen, mais adjuvantes, em 6 litros/hectare). Depois de inspecionadas as caixas, fizemos uma nova aplicação, com dose igual. Semanas depois, constatou-se que as colmeias estavam intactas”, contou Frola.

“O inseticida para a Lobesia precisaria de uma dose muitíssimo mais alta para fazer mal às abelhas. Com isso, convencemos os apicultores da segurança das operações”, concluiu.

Fonte: Agrolink

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