Milho e Sorgo

Após ganhos recentes, milho inicia semana próximo da estabilidade na CBOT de olho na colheita nos EUA

As principais posições da commodity testavam leves quedas, entre 0,50 e 0,75 pontos, por volta das 8h46 (horário de Brasília)


Publicado em: 24/09/2018 às 11:10hs

Após ganhos recentes, milho inicia semana próximo da estabilidade na CBOT de olho na colheita nos EUA

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta segunda-feira (24) em campo negativo, próximas da estabilidade. As principais posições da commodity testavam leves quedas, entre 0,50 e 0,75 pontos, por volta das 8h46 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/18 era cotado a US$ 3,56 por bushel, enquanto o março/19 trabalhava a US$ 3,68 por bushel.

O mercado voltou a testar ligeiras perdas após subir mais de 1% na semana anterior. O clima nos EUA e o andamento da colheita permanecem como pano de fundo aos negócios no mercado internacional. Até a última semana, cerca de 9% da área já havia sido colhida. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza as informações no final desta segunda-feira.

Além disso, as atenções dos investidores permanecem voltadas à demanda pelo produto americano. Ainda hoje, o órgão divulga seu boletim semanal de embarques, o relatório é um importante indicador de demanda e pode influenciar o andamento das negociações.

Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:

Milho: Mercado sobe mais de 1% na semana na CBOT com dados da demanda e chuvas nos EUA

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho subiram ao longo da semana, acumulando valorização entre 1,34% e 1,71%, conforme levantamento da equipe do Notícias Agrícolas. Nesta sexta-feira (21), as principais posições da commodity registraram ganhos de mais de 4 pontos, uma alta de mais de 1%.

O vencimento dezembro/18 era cotado a US$ 3,57 por bushel, enquanto o março/19 operava a US$ 3,69 por bushel. Já o contrato maio/19 trabalhava a US$ 3,77 por bushel e o julho/19 era negociado a US$ 3,83 por bushel.

De acordo com dados das agências internacionais, as cotações do milho foram impulsionadas pelas informações vindas do lado da demanda. Essa semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou duas vendas extras do cereal.

A primeira, de 160,02 mil toneladas, foi destinada ao México e a segunda, de 121,7 mil toneladas, para destinos desconhecidos. Ambos os volumes deverão ser entregues ao longo da campanha 2018/19.

As vendas semanais também ficaram acima das apostas dos investidores, entre 500 mil a 1,2 milhão de toneladas, e somaram 1.383,7 milhão de toneladas, na semana encerrada no dia 13 de setembro. As informações foram divulgadas pelo departamento americano.

Além disso, as atenções dos participantes do mercado permanecem voltadas para a colheita do milho nos EUA. Com as chuvas essa semana, a preocupação era com o ritmo dos trabalhos nos campos.

Até o início dessa semana, cerca de 9% da área cultivada havia sido colhida. As informações serão atualizadas na próxima segunda-feira.

Mercado interno

A sexta-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, indica uma queda de 11,78% no preço em Palma Sola (SC), com a saca a R$ 32,20. No Paraná, as praças de Ubiratã, Londrina e Cascavel, registraram queda de 1,61%, com a saca a R$ 30,50.

Na região de Pato Branco (PR), a alta foi de 6,82%, com a saca do cereal a R$ 36,00. Em Sorriso (MT), a valorização ficou em 2,33%, com a saca a R$ 22,00.

Segundo explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, "o mercado interno permanece lento. De um lado, os produtores armazenaram o milho em silo bolsa e esperam por cotações maiores. Já as indústrias esperam que o mercado recue, com o dólar mais fraco".

Safra de verão

De acordo com levantamento da AgRural, a área cultivada com o milho na safra de verão deve ter crescimento de 0,7%, para 2,892 milhões de hectares no Centro-Sul. Até o momento, a área cultivada está próxima de 24%, contra 19% registrado no mesmo período do ano anterior.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou a sexta-feira a R$ 4,0477 na venda, com queda de 0,59%. Somente na semana o câmbio caiu 2,86%.

"O dólar caiu pela terceira sessão consecutiva e fechou no menor patamar em um mês nesta sexta-feira, abaixo de 4,05 reais, com os investidores desmontando apostas na alta da moeda norte-americana, após divulgação de nova pesquisa eleitoral percebida como positiva por agentes do mercado", informou a Reuters.

Fonte: Notícias Agrícolas

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