Análise de Mercado

Alta no mercado de equipamentos agrícolas reflete na siderurgia

De acordo com o Gerente Geral de vendas da América do Sul Atlântico da fabricante de aço de alta resistência SSAB, as vendas de aço ao setor dobraram, e a expectativa para 2018 é que a siderúrgica tenha um crescimento ainda maior


Publicado em: 22/02/2018 às 08:00hs

Alta no mercado de equipamentos agrícolas reflete na siderurgia

Apesar de ter passado por 2017 com dificuldades, a expectativa é que mercado de máquinas agrícolas apresente uma recuperação considerável neste ano. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a previsão é que o setor atinja um crescimento de 3,7% nas vendas.

Além de influenciar os outros ramos de produção ligados à agricultura, essa melhoria no mercado de máquinas agrícolas reflete, também, nos produtores de matéria-prima para as indústrias de equipamentos.

Segundo Luiz Monegatto, Gerente Geral de vendas da América do Sul Atlântico da siderúrgica sueca SSAB, a venda de aço de alta resistência ao ramo de máquinas agrícolas praticamente dobrou. “O setor de máquinas agrícolas é muito importante para a SSAB e seguramente impacta em nosso negócio no Brasil, assim como em países vizinhos, especialmente na Argentina”, afirma Monegatto.

De acordo com ele, a siderúrgica obteve um aumento de 20% no número de clientes do setor. O gerente ainda afirma que o uso do aço de alta resistência em equipamentos agrícolas é recente comparado com as áreas mineração, construção e elevação de cargas, e que vê nesse crescimento uma grande oportunidade para buscar novas soluções às demandas do setor.

A Anfavea confirmou que a produção de máquinas agrícolas teve alta de 1,8% em comparação a 2016, somando 54,9 mil unidades no ano passado. Esses dados mantêm o otimismo por parte das indústrias siderúrgicas, que fornecem a maior parte dos materiais para o setor. “Nós acreditamos fortemente que o mercado agrícola irá contribuir para manter uma taxa de crescimento acima dos setores mais usuais”, afirma Luiz Monegatto. “A indústria siderúrgica se baseia nas premissas de crescimento de PIB, por se tratar de uma indústria de base. Entretanto, como nossos aços são considerados uma nova tendência no setor, nosso crescimento tende a ser muito maior”, completa.

Fonte: COMMUNICA BRASIL

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