Publicado em: 05/06/2019 às 15:40hs
O agronegócio no Brasil passa por uma verdadeira transformação nos modelos de negócios, impulsionado por fatores como a entrada de grandes investidores, o boom de fusões e aquisições, as novas gerações nas empresas familiares e, claro, a presença de tecnologias digitais, como telemetria, drones, nanos satélites, entre tantas outras.
Isso traz um impacto no mercado de trabalho e exige habilidades e competências adicionais aos profissionais que liderarão essa transformação de um setor vital para a economia brasileira.
O que se espera em termos de grandes competências?
Jeffrey Abrahams, sócio consultor especializado no mercado de agronegócio da Fesa, lista algumas das grandes competências que se tornaram ainda mais imprescindíveis: Adaptabilidade, Conhecimento Digital, Resiliência, Foco em resultados, Fazer muito com pouco, Globalização, Capacidade interpessoal, Visão estratégica e Liderança.
“Hoje, o mercado agro procura executivos com multiconhecimentos e com capacidade analítica acima da média. A graduação acadêmica ainda é muito importante, mas o conhecimento restrito em agro pode trazer algumas dificuldades para a evolução da carreira de um executivo no setor. Mais do que a formação, muito se mudou também em termos de mindset dos profissionais, o que foi necessário para compreender cada mudança de rota.”
Perfil dos executivos C-Level que lideram a transformação no setor de agronegócio
Nos últimos três anos, a consultoria de executive search Fesa conduziu o recrutamento de mais de 50 profissionais C-Level, para o mercado de agronegócio.
Posições: Chama a atenção o aumento no número de executivos selecionados para a posição em Finanças, que praticamente dobrou de 2017 para 2018. As áreas de Vendas, Jurídico e Suplly Chain também se destacaram entre as posições feitas.
“Cada vez mais são demandadas posições em finanças, produção, trading, recursos humanos, tecnologia da informação, marketing e vendas. Portanto, esse profissional para ter luz na sua atividade será vital se preparar além do curso foco que escolheu. Tem que ir além, acoplado de um conhecimento de finanças, processos e hábitos modernos de liderança.”
Subsetores: Dentre os setores que mais demandaram posições nos últimos três anos estão os de Insumos Agrícolas (com 33%) e Produção Agrícola (com 32%), seguido por Trading, Açuçar e Álcool e Máquinas Agrícolas.
Formação: Considerando o recorte exclusivamente de CEOs contratados nos últimos três anos, 50% são Agrônomos de formação, 22% são Engenheiros e 15% tiveram sua formação em Administração de Empresas.
Empresas familiares e de fundos de investimentos: Do total de projetos feitos pela consultoria nos últimos três anos, 10% foram feitas para empresas com administração familiar e 4% para empresas de Investidas de Fundo. Embora represente uma fatia ainda tímida no total, a curva tem sido de crescimento nos últimos três anos.
“A profissionalização e a sucessão familiar são uma realidade no mercado de agronegócio. Esse é um processo que deve ser preparado a médio e a longo prazos, de forma clara e bem monitorado, independentemente do tamanho da empresa.”
Fonte: Press à Porter
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