O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) assinou, durante a 38ª Reunião Ordinária de seu Comitê Executivo, um acordo de cooperação técnica que dará impulso a ações para o desenvolvimento agrícola e rural dos países-membros da Organização dos Estados do Caribe Oriental (OECO), que enfrentam milionário gastos com a importação de alimentos.

O entendimento entre ambas as entidades estabelece uma base de cooperação em iniciativas de desenvolvimento agrícola, como o fortalecimento de cadeias de valor e de sistemas de defesa agropecuária e segurança de alimentos, o desenvolvimento da resiliência contra o impacto da mudança climática, a utilização da biotecnologia e a inovação e o estímulo do desenvolvimento rural.

“Nosso dispêndio com a importação de alimentos é de quase 1 bilhão de dólares, e estamos realizando um esforço conjunto para reduzir este valor e fazer da agricultura uma atividade de prosperidade econômica, com o IICA tendo um papel crítico nesse processo”, disse o diretor-geral da OECO, Didacus Jules, que assinou o acordo junto com o diretor-geral da IICA, Manuel Otero.

Jules acrescentou que o acordo elevará a agricultura da região do Caribe a um outro patamar: “Isto é mais que a assinatura de um acordo. Não é só um papel, mas o ponto mais alto da cooperação entre o IICA e nossos países”, declarou.

O acordo também promoverá o intercâmbio de conhecimento e as boas práticas, com o objetivo de aumentar o desenvolvimento econômico, a competitividade e a sustentabilidade da agricultura nos países caribenhos, que levará a uma melhoria da produção doméstica.

A OECO é uma organização intergovernamental dedicada à harmonização e integração econômica, à proteção dos direitos humanos e legais e ao fomento do bom governo em um grupo de dez membros, que envolve Antígua e Barbuda, Dominica, Granada, Montserrat, São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Virgens Britânicas, Anguilla e Martinica.

Otero reiterou que a integração é um dos pilares da cooperação técnica e, por isso, o Instituto deve ser visto como uma ponte entre as Américas. “O IICA requer uma maior aproximação a aliados fundamentais para realizar seu trabalho e poder oferecer cooperação técnica de excelência a sus Estados-membros, especialmente a aqueles que mais necessitam”, assinalou.