Publicado em: 31/10/2025 às 18:40hs
A quarta semana de outubro foi marcada por uma recuperação moderada nos preços do açúcar em Nova York. O contrato Março/26, no entanto, não conseguiu sustentar ganhos significativos até o fim da semana. Segundo Maurício Muruci, consultor da Safras & Mercado, a expectativa de um superávit internacional elevado — estimado em 114% — tem desestimulado a atuação de fundos especulativos e investidores internacionais, limitando a valorização.
No mercado doméstico, Muruci aponta que as indústrias processadoras retomaram compras após meses de baixa movimentação, provocando alta nos preços locais, mesmo diante da retração observada em Nova York. A proximidade das festas de fim de ano, que elevam a demanda por produtos industrializados, contribuiu para o aumento dos valores e das vendas.
O mercado físico de etanol também seguiu em alta durante a última semana de outubro, acompanhando o comportamento observado ao longo do mês. A redução gradual na produção desde agosto, com a finalização da safra 2025/26, combinada a estoques historicamente baixos, tem sustentado os preços elevados. Segundo Muruci, embora a demanda seja afetada por preços mais altos e menor competitividade, o efeito é neutralizado pela oferta restrita, mantendo os valores firmes.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 3,201 milhões de toneladas de açúcar em outubro, gerando uma receita total de US$ 1,276 bilhão e preço médio de US$ 398,7 por tonelada. O volume médio diário exportado foi de 177,854 mil toneladas em 18 dias úteis, enquanto a receita diária média alcançou US$ 70,906 milhões.
Na comparação com outubro de 2024, observa-se queda de 12% na receita diária média e de 16,1% no preço médio, apesar do volume diário ter avançado 4,9%, indicando maior quantidade embarcada a preços menores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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