Publicado em: 31/10/2025 às 19:40hs
O mercado brasileiro de milho encerrou outubro com a comercialização praticamente estagnada. De acordo com a Safras Consultoria, produtores tentaram especular preços mais altos durante o mês, reduzindo a oferta disponível para venda. A estratégia considerou fatores como o clima favorável, o comportamento dos preços internacionais e a variação do dólar.
Apesar das tentativas, a procura pelo cereal permaneceu limitada. Compradores adquiriram apenas os lotes necessários para atender demandas imediatas, o que manteve a movimentação do mercado em níveis baixos.
O retorno das chuvas em diversas regiões do país beneficiou áreas com plantio mais adiantado, especialmente no Sul do Brasil, e favoreceu o andamento do cultivo nas demais localidades. Com isso, os esforços de alta nos preços perderam força, mantendo as cotações relativamente estáveis ao longo do mês.
No mercado global, a especulação também marcou outubro. A expectativa de uma grande safra norte-americana pressionaria os preços do milho, mas a paralisação do governo dos Estados Unidos e a não divulgação de relatórios sobre colheita, produção e vendas semanais do cereal sustentaram a valorização.
Além disso, o encontro esperado entre Estados Unidos e China para retomar negociações comerciais aumentou a expectativa de crescimento na demanda pelo milho norte-americano. Esses fatores indicam possíveis mudanças no cenário internacional em novembro.
O valor médio da saca de milho no Brasil, em 30 de outubro, foi de R$ 63,77, alta de 0,38% em relação a setembro (R$ 63,54). No mercado disponível ao produtor, as cotações apresentaram variações regionais:
O line-up de embarques dos portos brasileiros indicou que, em outubro, poderiam ser exportadas 5,779 milhões de toneladas de milho, sendo 5,387 milhões já embarcadas e 391,920 mil toneladas ainda previstas.
Para novembro, a previsão é de 4,754 milhões de toneladas, enquanto dezembro terá exportações projetadas de 68 mil toneladas. No período de fevereiro/2025 a janeiro/2026, o line-up acumula 31,675 milhões de toneladas programadas para exportação.
Fonte: Portal do Agronegócio
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