Publicado em: 28/11/2025 às 19:00hs
Após registrar o menor patamar em cinco anos, o mercado internacional de açúcar apresentou sinais de recuperação em novembro. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), os contratos com entrega em março do açúcar bruto encerraram o pregão de 26 de novembro cotados a 15,14 centavos de dólar por libra-peso, o que representa alta de 4,92% em relação ao fechamento de 31 de outubro, quando valiam 14,43 centavos.
A reação do mercado foi impulsionada por uma correção técnica, depois de o produto atingir a mínima de 14,04 centavos de dólar por libra-peso, o menor nível desde 2019.
A recuperação nos preços ocorre em meio à expectativa de que a Índia possa autorizar a exportação de até 1,5 milhão de toneladas de açúcar na nova safra. Essa decisão está relacionada à redução do volume de cana destinado à produção de etanol, o que deve gerar um excedente interno maior no país.
Entretanto, analistas destacam incertezas quanto à viabilidade das exportações, já que os preços internacionais estão bem abaixo dos valores praticados no mercado indiano. Segundo a consultoria Green Pool, não está claro se as usinas indianas aceitariam exportar com prejuízo ou se aguardariam subsídios do governo para viabilizar as vendas externas.
Mesmo com a leve recuperação, o mercado futuro de açúcar segue influenciado por um cenário de ampla oferta global. A Organização Internacional do Açúcar (ISO) estima um excedente de 1,63 milhão de toneladas na safra 2025/26, impulsionado pelo aumento na produção mundial.
De acordo com o relatório trimestral da ISO, a produção global deve crescer 3,15%, alcançando 181,77 milhões de toneladas, enquanto o consumo mundial deve ter um avanço mais modesto, de apenas 0,6%, chegando a 180,14 milhões de toneladas.
Esse desequilíbrio entre oferta e demanda continua sendo um fator limitante para a recuperação dos preços, reforçando a tendência de estabilidade observada em novembro.
Fonte: Portal do Agronegócio
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