A Cargill está aprimorando e certificando sua cadeia de soja por meio da implementação de normas de sustentabilidade. Desta forma, estará preparada para atender a demanda atual e futura por um produto socioambientalmente responsável. A Empresa irá certificar 600 mil toneladas de soja na safra de 2020, sendo 90% mais que o volume da safra anterior. Essa iniciativa faz parte do compromisso da Cargill que visa eliminar o desmatamento na sua cadeia até 2030. 

"Buscamos ter uma produção cada vez mais sustentável na nossa cadeia de suprimentos no Brasil. Nosso objetivo é que a rede de fornecedores da Cargill seja livre de desmatamento, com alto padrão de transparência, que beneficie as comunidades e faça com que os produtores rurais prosperem, pois assim estamos colocando em prática o nosso propósito que é nutrir o mundo de forma segura, responsável e sustentável", explica Renata Nogueira, gerente de Sustentabilidade do Negócio Agrícola da Cargill na América do Sul. 

Recentemente, a Companhia completou o mapeamento de localização de pontos de coleta para 100% de seus fornecedores de fazendas de soja no Brasil e estima que 95,68% da produção deste grão seja cultivada em terras livres de desmatamento e conversão (usando o Código Florestal de 2008 como referência). Estes resultados foram apresentados no relatório semestral de sustentabilidade da soja disponível no site da Cargill (link). 

Dentro de seu portfólio, a Empresa conta com cinco diferentes tipos de certificações: o Programa 3S - Soluções para Suprimentos Sustentáveis; a Certificação RTRS - Round Table on Responsible Soy; o FEMAS - Feed Materials Assurance Scheme; o 2BS - Biomass Biofuels Sustainability; e o ProTerra. Conheça cada um deles em detalhes a seguir: 

Programa 3S 

Desenvolvido em 2010 pela Cargill e implementado em parceria com o Instituto BioSistêmico (IBS), o Soluções para Suprimentos Sustentáveis (3S) disponibiliza diferentes recursos para que as etapas da cadeia produtiva sejam mais responsáveis no aspecto socioambiental. Seu objetivo é garantir que os grãos produzidos nessas fazendas atendam aos mais exigentes requisitos de sustentabilidade. Entre os princípios avaliados estão o desmatamento zero, o gerenciamento de gases de efeito estufa, boas práticas agrícolas e o bem-estar do trabalhador rural. 

O programa - reconhecido pela Federação Europeia dos Fabricantes de Alimentos Compostos para Animais (FEFAC) como um dos modelos de certificação aceitos pela entidade - conta com 49 armazéns, 3 plantas, 6 portos certificados, e mais de 100 produtores rurais em cerca de 170 propriedades, localizadas em seis estados brasileiros (Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e Pará), resultando em mais de 500 mil hectares. 

No site Soja 3S todos os dados coletados em campo são armazenados de maneira segura e confidencial. Cada produtor possui um acesso exclusivo que o permite visualizar o diagnóstico específico da sua propriedade, assim como o respectivo plano de ação e indicadores para fazer a gestão da sustentabilidade, além de acesso às notícias do setor e as novidades do programa. Por meio da análise dos dados coletados em campo é possível identificar os maiores desafios para cada região e propor ações de melhoria. Desde o início do programa, o IBS, em parceria com a Cargill, desenvolveu 12 e-books, que foram distribuídos aos produtores rurais sobre o uso de equipamentos de proteção individuais (EPIs), e questões como a saúde e a segurança no trabalho. 

Além disso, em parceria com o IBS, são realizadas ações para promover a sensibilização dos produtores, um diagnóstico da propriedade e a elaboração de um plano de ação individual contendo ações de melhoria contínua. O Instituto ainda realiza visitas semestrais aos produtores e oferece diversos canais de comunicação para sanar suas dúvidas a qualquer momento via portal 3S, grupos de Whatsapp e central de atendimento. 

Certificação RTRS 

A Cargill está impactando um fluxo importante de exportação de soja pelo norte do Brasil, preparado para atender demandas de soja certificada RTRS - Round Table on Responsible Soy - via balanço de massa. Isso porque a Companhia recebeu a certificação de Cadeia de Custódia RTRS para 43 localidades - quatro unidades de processamento em Barreiras (BA), Rio Verde (GO), Três Lagoas (MS) e Uberlândia (MG); uma unidade de transbordo em Caipoânia (GO); três terminais portuários em Miritituba (PA), Santarém (PA) e Itaqui (MA); além de 35 armazéns nos estados da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia e Tocantins. 

Além do corredor de escoamento da soja RTRS do Mato Grosso, que flui ao porto de Santarém (PA), importante terminal exportador para a União Europeia, o Terminal no Porto de Itaqui, localizado no complexo portuário do Maranhão - o maior do Brasil em volume de carga, passou a integrar a Cadeia de Custódia RTRS em 2020. Responsável por exportar mais de 95% de todo o volume originado pela Cargill no MATOPI - Maranhão , Tocantins e Piauí -, o que corresponde a 900 mil toneladas de soja, o porto passa a ser parte do corredor de soja sustentável que conta com 36 produtores certificados RTRS e mais de 184 mil hectares de terras nativas conservadas. No último ano, o MATOPI produziu mais de 1 milhão de toneladas de soja certificada RTRS em aproximadamente 270 mil hectares. 

Certificação FEMAS 

A Cargill trabalha, desde 2016, com fazendas certificadas FEMAS - Feed Materials Assurance Scheme - no Maranhão, no Mato Grosso e na Bahia, onde cerca de 150 mil toneladas de soja são certificadas por ano. A FEMAS é uma entidade europeia que atesta a segurança de alimentos e de ingredientes alimentares. Esta certificação serve também de parâmetro para outros países que consideram o padrão europeu como base para o consumo. 

O Certificado FEMAS está baseado nos princípios do APPCC - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, ou conforme sigla internacional, HACCP - um sistema mundial de normas, que atestam a qualidade da indústria alimentícia. A certificação é utilizada não somente para assegurar que o produto esteja de acordo com as regulamentações e padrões dos clientes europeus, mas também para garantir que os fornecedores estejam dentro dos requisitos necessários, como: o cumprimento legal, o bem-estar do trabalhador rural, boas práticas agrícolas e o combate ao desmatamento. 

Certificação 2BS 

O sistema de certificação Biomass Biofuels Sustainability (2BS) é reconhecido pela Comissão Europeia e foi desenvolvido por um grupo de trabalho composto por representantes do setor de biocombustíveis na França. Alinhado com a European Renewable Energy Directive (RED), que dita metas e regras para o uso de fontes renováveis de energia na matriz energética, o padrão busca fornecedores que tenham zero desmatamento após 2008 e rastreabilidade da sua cadeia de produção. 

Para fornecer biodiesel sustentável à base de soja ao mercado global, a Cargill trabalhou extensivamente para certificar fornecedores agrícolas e suas próprias operações no Brasil, na Argentina e no Paraguai em conformidade com o padrão 2BS - o que significa que a soja que produzem e manipulam é cultivada em áreas livres de desmatamento e conversão. 

Fundação ProTerra 

Com a crescente demanda por soja não transgênica oriunda de clientes da Europa, nesse ano, a Cargill também incluiu a Certificação ProTerra em seu portfólio, concedida pela fundação de mesmo nome. Esse atestado considera indicadores de sustentabilidade das fazendas, exigindo que a cadeia de suprimentos seja toda segregada para que não haja contaminação com a soja comum. Essa soja especial é escoada de fazendas certificadas no oeste do Brasil por mais de 2.000 quilômetros de estradas e rios, através do porto de Santarém (PA) até clientes que a recebem do outro lado do Oceano Atlântico.