Algodão

Cotonicultura, uma corrida pela tecnologia

Há anos, o Brasil passou a fazer parte de um seleto grupo de grandes produtores de algodão, sendo considerado um dos mais considerados quando o assunto é a qualidade da fibra produzida


Publicado em: 02/10/2013 às 00:00hs

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Para Marcus Lawder: Gerente de Produtos Sementes de Algodão da Bayer CropScience
Por: Silvia Palhares

A alta tecnificação dos produtores e as grandes áreas de cultivo possibilitam essa posição ao Brasil, que prevê crescimento de 30% na produção do próximo ciclo e incremento de 25% na área plantada, se comparada à safra 2012/13, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Para Marcus Lawder, gerente de Produtos Sementes de Algodão da Bayer CropScience, o avanço da tecnologia implantada no dia a dia da cotonicultura permitiu que os produtores fossem elevados ao patamar de empresários agrícolas. Por isso, oferecer o que há de mais moderno em melhoramento genético, soluções contra resistência, produtividade e qualidade de fibra é essencial para qualquer fornecedora de insumo, especialmente às que abraçaram a cultura como uma das principais de seu portfólio, como a Bayer.

Confira a entrevista do executivo sobre o assunto:

A tecnificação da cotonicultura brasileira é um fato indiscutível. Como tem ocorrido esse processo?

Durante muito tempo, o Brasil foi um grande importador de algodão. A razão para isso se deu ao fato de, por anos, não possuirmos uma variedade adaptada às condições de cultivo do nosso País. Essa situação só começou a mudar quando iniciaram os estudos de melhoramento genético do algodão no Brasil, para desenvolver uma semente com alto potencial genético para gerar fibra de qualidade. E a Bayer CropScience foi pioneira.

Como as soluções desenvolvidas pela Bayer CropScience ajudam a melhorar tecnicamente a cultura?

À medida em que o agricultor cultiva o algodão por vários anos em uma mesma área, aumenta o problema, por exemplo, da resistência de plantas consideradas daninhas. Atenta a isso a Bayer trouxe para o Brasil tecnologia específica para lavoura do algodão, LibertyLink®, que proporcionou excelente controle de invasoras.

Quais outros problemas do algodão para as quais a Bayer tem solução?

A Bayer também percebeu que poderia ajudar o cotonicultor a controlar um problema tão sério quanto as plantas daninhas nas lavouras: as lagartas. No ano passado lançamos o FiberMax® 975 WideStrike®(FM 975WS*), tecnologia que permite ao produtor o manejo de lepidópteros. Além dos benefícios diretos, como o menor número de entradas na lavoura para pulverização; melhor uso de água para a produção e a otimização de mão de obra, a tecnologia pode contribuir para o aumento da produtividade e auxilia muito no controle das lagartas, principalmente da Helicoverpa armigera, ainda em estagio inicial, pois esta fica suscetível e permite maior eficácia do inseticida.

As tecnologias LibertLink® e o WideStrike®podem ser utilizadas em uma mesma área?

Sim. A vantagem do portfólio de sementes da Bayer CropScience é que o cotonicultor pode usar variedades específicas, como a FM 951LL, para áreas com problemas de plantas daninhas resistentes e para áreas de refúgio do algodão Bt, e também intercalar a área com FM 975WS*. Hoje, a Bayer é a única empresa que tem um portfólio de sementes de algodão com o qual o produtor tem opções que melhor atendem suas necessidades.

As sementes certificadas oferecem qualidade superior?

Sim oferecem. A Bayer investiu fortemente no programa de qualidade de sementes nos últimos anos, para que estas proporcionem mais vigor, germinação, sanidade e pureza de traits. Há três anos temos o selo de certificação ISO 9001 no processo produtivo de sementes de algodão aqui no Brasil. Outro ponto importante é que temos uma equipe de pesquisa e de desenvolvimento técnico de sementes, que, todos os anos, buscam variedades e situações diferentes para o cultivo do algodão, como população e espaçamento, entre outras características. Tudo isso oferece aos produtores soluções inovadoras que podem ajudar os cotonicultores a produzirem mais e melhor com a alta qualidade de fibra tão exigida pelo mercado.

O que é importante para o produtor, na hora da escolha da semente?

Os pontos importantes são: utilizar sementes certificadas, ter conhecimento do real potencial produtivo de cada variedade, assim como de suas características, e fazer uma analise adequada de todas as condições necessárias para a produção de algodão com rentabilidade.

Como a semente entra no processo do manejo integrado?

É o insumo fundamental neste processo. Se o cotonicultor não tiver uma boa semente, que lhe ofereça produtividade, qualidade de fibra e rentabilidade, a sua safra pode ficar comprometida.

*WideStrike® é uma tecnologia desenvolvida pela Dow AgroScience Ind. Ltda. e licenciada à Bayer SA

Fonte: S2Publicom – Assessoria de Imprensa

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