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Cana ganha espaço na matriz energética nacional e representa 19,1% da oferta em 2020

O Brasil é referência quando se fala no desenvolvimento de energias limpas, ocupando a terceira posição no ranking de capacidade instalada da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês), realizado em 2020, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos


Publicado em: 26/07/2021 às 18:00hs

Cana ganha espaço na matriz energética nacional e representa 19,1% da oferta em 2020

Em 2020, a energia renovável foi responsável por 48,4% da oferta nacional segundo o Balanço Energético Nacional (BEN), feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que é coordenada pelo Ministério de Minas e Energia (MME). O resultado representa um aumento de 2,3 pontos percentuais ante 2019, quando esta participação era de 46,1%.

Segundo o documento, em 2020 a oferta interna de energia – ou seja, o total de energia disponibilizado no país – registrou uma queda de 2,2% em relação ao ano anterior, indo de 293,96 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep) para 287,61 Mtep. Porém, houve um incremento das fontes eólica e solar na geração de energia elétrica, além de um avanço da oferta de biomassa da cana e de biodiesel.

Estes fatores contribuíram para que a matriz energética brasileira se mantivesse em um patamar renovável superior ao observado no resto do mundo; conforme dados de 2018 citados pela EPE, esta participação é de 13,8%. “A retração da oferta das fontes não renováveis (petróleo e derivados, gás natural, carvão mineral e urânio), decorrentes de um ano atípico com a eclosão da pandemia do coronavírus, também contribuiu para o alto percentual de renovabilidade da matriz”, completa.

De acordo com o balanço, no grupo de fontes renováveis que compõem a oferta nacional de energia estão: biomassa da cana (19,1%), hidráulica (12,6%), lenha e carvão vegetal (8,9%), e outros renováveis (7,7%) como lixívia, biodiesel e energias eólica e solar, por exemplo.

Especificamente, o volume energético ofertado a partir da cana-de-açúcar foi de 54,9 Mtep, o maior da série histórica iniciada em 2006. O número cresceu 4% comparado ao ano anterior, que detinha o recorde até então, com 52,8 Mtep. A terceira quantia mais elevada foi em 2015, com 50,6 Mtep.

Além disso, a biomassa da cana-de-açúcar é a fonte renovável que abrange a maior parcela na matriz energética. Também houve um crescimento de mais de um ponto percentual ante 2019, quando ela já ocupava esta posição, com 18%.

Fonte: Portal SIAMIG

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