Mercado Financeiro

Milho abre a quinta-feira estendendo quedas na B3

Chicago cai com colheita, chuva no Brasil e liquidação de fundos


Publicado em: 29/10/2020 às 11:00hs

Milho abre a quinta-feira estendendo quedas na B3

A quinta-feira (29) se inicia com os preços futuros do milho caindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,66% e 0,72% por volta das 09h07 (horário de Brasília).

 

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 82,62 com desvalorização de 0,70%, o janeiro/21 valia R$ 83,28 com queda de 0,72%, o março/21 era negociado por R$ 82,35 com perda de 0,66% e o maio/21 tinha valor de R$ 76,50 com estabilidade.

 

Os contratos do cereal brasileiro estendem suas baixas após encerrar a quarta-feira contabilizando queda de quase 2% na B3.

 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro está com poucos compradores e poucos vendedores. “Estamos sem ofertas neste momento e somente as pequenas empresas de ração buscam compras agora”, diz.

 

Apesar das quedas de hoje, Brandalizze destaca que o quadro ainda é positivo e dá fôlego aos indicadores. “A condição da safra de verão melhorou com a chuva dos últimos dias, mas ainda pode haver dificuldades. Tem muito milho para a entrega nos portos de fevereiro/21 e os contratos para março/21 no Porto de rio Grande estão em R$ 82,00”, aponta o analista.

 

Mercado Externo

 

Os preços internacionais do milho futuro também começaram a quinta-feira em queda na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 4,25 e 5,25 pontos por volta das 09h02 (horário de Brasília).

 

O vencimento dezembro/20 era cotado à US$ 3,96 com desvalorização de 5,25 pontos, o março/21 valia US$ 3,99 com baixa de 5,00 pontos, o maio/21 era negociado por US$ 4,00 com perda de 4,50 pontos e o julho/21 tinha valor de US$ 4,01 com queda de 4,25 pontos.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os futuros de grãos caíram no comércio da madrugada, já que a pressão da safra, as chuvas na América do Sul e a liquidação de fundos pesam sobre os preços.

O último relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou que os produtores de milho haviam colhido 72% da safra norte-americana até o último domingo (25), ante 60% na semana anterior e a média de 56% nesta época do ano.

No Brasil, a previsão é de chuvas em partes do Mato Grosso e no norte de Goiás e da Bahia hoje, disse o Commodity Weather Group em um relatório.

“As chuvas diminuem no norte do Brasil na próxima semana, mas podem reduzir os 20% (de) milho / soja mais secos nos dias 11-15 (perspectiva), conforme as chuvas no Paraná aumentam”, disse o analista.

Espera-se também que as chuvas na Argentina aumentem nos próximos seis a 10 dias e ajude no estresse que já aparece em 10% da safra de milho do país.

A publicação aponta ainda que, também pesando sobre os preços na quinta-feira de manhã estão os relatos de que alguns investidores podem estar vendendo seus contratos e liquidando suas posições após a recente alta nos preços.

“Alguns investidores especulativos que estavam comprando no mercado, ou apostando em preços mais altos, podem ter saído do mercado depois que os preços da soja atingiram a maior alta em quatro anos e o milho atingiu seu nível mais alto em mais de um ano”, pontua o analista Tony Dreibus.

Fonte: Notícias Agrícolas

◄ Leia outras notícias