O dólar iniciou a semana em alta, cotado a R$ 5,69, refletindo a reação positiva do mercado financeiro ao acordo firmado entre os Estados Unidos e a China sobre as tarifas de importação. O acordo entre as duas potências comerciais aliviou as tensões globais e gerou otimismo nos mercados internacionais.

Acordo entre EUA e China impulsiona o mercado

Nesta segunda-feira (12), o mercado reagiu ao anúncio de que as tarifas recíprocas entre os dois países seriam substancialmente reduzidas durante um período de 90 dias. As tarifas dos EUA sobre produtos chineses, que antes estavam em 145%, cairão para 30%, enquanto as taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%.

O acordo, que superou as expectativas de muitos analistas, gerou um impulso significativo nas bolsas asiáticas e europeias, além de fortalecer o yuan chinês. "Eu imaginava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%", afirmou Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, em Hong Kong, à Reuters.

Expectativas internas e dados econômicos

No Brasil, o mercado permanece atento ao cenário interno. O dólar subia 0,68% pela manhã, cotado a R$ 5,6934, após registrar uma leve queda na sexta-feira (9), quando foi cotado a R$ 5,6547. O índice Ibovespa, por sua vez, teve alta de 0,21% no fechamento da última sexta-feira (9), marcando 136.512 pontos, o maior nível desde agosto. O índice também acumulou ganhos no mês e no ano, com alta de 1,07% no mês e 13,49% no ano.

Investidores também aguardam a divulgação, nesta terça-feira (13), da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa básica de juros para 14,75% ao ano, o maior nível em quase duas décadas. O Banco Central não forneceu indicações claras sobre os próximos passos, mas o relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, revelou que economistas projetam estabilidade na Selic até o fim de 2025.

Tensão geopolítica ameniza com cessar-fogo entre Índia e Paquistão

Além do acordo entre EUA e China, o mercado também recebeu com alívio a notícia de que a Índia e o Paquistão declararam um cessar-fogo imediato após um aumento recente das tensões militares na região. Essa medida diminui o risco geopolítico no sul da Ásia e foi vista com bons olhos pelos investidores, que observam de perto a estabilidade da região.

Impacto global e perspectiva futura

O acordo entre os EUA e a China foi recebido como um grande avanço, muito além das expectativas iniciais. Com as negociações comerciais também avançando entre os EUA e o Reino Unido, os mercados financeiros globais se recuperaram da volatilidade recente, e o clima de otimismo se espalhou, com destaque para as bolsas europeias, que operam em alta.

A movimentação no mercado de moedas e ações reflete uma confiança renovada nos acordos internacionais e nas possíveis soluções para as disputas comerciais em curso.

Dólar e Ibovespa em movimento

• Dólar: A moeda norte-americana subiu 0,68% no início da manhã desta segunda-feira, cotada a R$ 5,6934, após encerrar a sexta-feira com leve queda.
• Ibovespa: O índice registrou alta de 0,21% na sexta-feira, fechando aos 136.512 pontos, marcando o maior nível desde agosto.

A reação positiva ao acordo entre EUA e China e as expectativas sobre a política monetária brasileira indicam que os mercados financeiros seguirão atentos a novos desdobramentos nos próximos dias.