Agroecologia

Congresso de Agroecologia em Sergipe vai interagir como uma teia de saberes

Encantamento e comunidade. Estes são os fios que tecem as ações do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) que acontece em São Cristóvão (Sergipe), há poucos quilômetros de Aracaju, entre os dias 4 e 7 de novembro de 2019


Publicado em: 28/10/2019 às 13:20hs

Congresso de Agroecologia em Sergipe vai interagir como uma teia de saberes

Partindo da ideia de que a Agroecologia se constrói a partir da interação entre prática, ciência, movimento e diversas fontes de conhecimento, a costura com elementos dessa teia é um olhar para diferentes linguagens, territórios e saberes.

O congresso terá seu ponto culminante no início, com uma mística de encantamento e acolhimento seguida da conferência de abertura chamando ao diálogo diante do lema central - a ecologia de saberes.

A metodologia utilizada no XI CBA tem como base as proposições da "Pedagogia do Território", de Raquel Rigotto, e da Pedagogia Griô, de Líllian Pacheco e do Griô Márcio Caires. Portanto, o próximo Congresso de Agroecologia acontece sob o lema “Ecologia de Saberes: Ciência, Cultura e Arte na Democratização dos Sistemas Agroalimentares”.

"A organização do evento é uma mobilização inédita. A força dessas instituições e de uma ampla rede de pessoas e organizações tem feito com que a cada dia essa articulação se amplie e se fortaleça", disse Edson Diogo, da coordenação do XI CBA e pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros.

Segundo Edson Diogo, o CBA em Sergipe está sendo possível graças a mobilização de uma ampla rede de instituições parceiras tais como a Universidade Federal de Sergipe (UFS), o Instituto Federal de Sergipe (IFS), a Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (SEAGRI) e a Embrapa Tabuleiros Costeiros que se uniram à Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) e a Rede Sergipana de Agroecologia (RESEA).

"A programação desse Congresso(http://www.cbagroecologia.org.br/p/programacao.html) foi construída a muitas mãos, com uma grande diversidade de temas e sujeitos, também inspirada pelo tema central da Ecologia de Saberes", afirma Fernanda Amorim, Analista da Embrapa Tabuleiros Costeiros e membro da comissão de metodologia do XI CBA.

Ela acrescenta ainda que o Congresso de Agroecologia é um processo de construção colaborativa junto aos agentes citados acima como também da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), Rede de Grupos de Agroecologia do Brasil (REGA). "Uma ampla e diversa rede de parcerias da qual a Embrapa Tabuleiros Costeiros faz parte, através do Núcleo de Agroecologia, disse Fernanda Amorim.

"A ecologia é a ciência das interações. Precisamos fazer com que os conhecimentos acadêmicos e populares dialoguem e se alimentem mutuamente, assim como as diferentes disciplinas dentro da academia. Por isso, a importância da ecologia de saberes", explica Paulo Petersen, da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA).

TEIA DE SABERES

Uma das novidades é a forma como o participante pode apresentar seu trabalho. Uma delas são os “tapiris”, termo da língua indígena Caribe, conhecido pelos seringueiros, indígenas e agricultores da Amazônia, que significa palhoça, onde se abriga aqueles que estão em mobilidade pelos territórios.

O Congresso é organizados em forma de teias de saberes, com suas fiandeiras, seus tapiris e os seus 16 eixos temáticos e questões geradoras abordados nos ambientes de diálogo integrados em dez conferências conjuntas, tecendo a conferência de despedida.

Inscrição, programação, submissões, contatos e mais detalhes.

Fonte: Embrapa Tabuleiros Costeiros

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