Ensinar os pequenos produtores do interior do Ceará a manejarem adequadamente o abate de cordeiros é o objetivo do dia de campo que acontece hoje, no município de Farias Brito, no Ceará. Pesquisadores e técnicos da Embrapa Caprinos e Ovinos vão explicar todo o processo do sistema de terminação de cordeiro em pastagem cultivada desde a escolha da semente da forrageira a ser utilizada até o tipo de proteção de cerca que deve ser construído em volta dos piquetes.

O dia de campo vai repassar para o produtor as fases de implantação como preparo do solo, como escolher uma semente, como plantar, os cuidados com o capim, a divisão dos piquetes e a colocação das telas. Os benefícios com a adoção correta deste sistema são a padronização destes animais e a oferta constante de alimento. No Nordeste, a oferta destes animais é estacionária, em virtude das condições climáticas, principalmente, da chuva. Com este sistema, todo ano ele vai ter animal para ser abatido — explica o médico veterinário Leandro Oliveira, analista da Embrapa Caprinos e Ovinos.

Um dos cuidados mais importantes que valoriza os animais é o uso de material adequado para a cerca. Normalmente, os pequenos produtores do Nordeste usam o arame farpado como proteção, mas o material cortante machuca a pele dos animais provocando feridas na carcaça, causando uma desvalorização. O recomendado pelos especialistas é o uso da tela campestre, feita de uma material que não fere os animais e preserva a pele dos cordeiros.

O manejo adequado dos piquetes também é importante para que os pequenos produtores tenham mais sucesso na implantação do sistema. É preciso observar o crescimento do capim, conhecer bem a espécie que está sendo utilizada, calcular a área do piquete e a quantidade de animais que será colocada dentro dela.

Um cuidado importante que o produtor deve ter é desde o início da parição destes animais, principalmente na fase de cria. Os produtores precisam ter um cuidado com os cordeiros nesta fase porque na hora da entrega dos animais para a pastagem eles têm que estar em um bom padrão sanitário e nutricional para que possam desenvolver todo o seu potencial para a terminação — destaca Oliveira.