T. da Informação

Tecnologia da informação no monitoramento e controle de galpões de suínos

Cada vez mais a tecnologia está sendo usada para equacionar a relação qualidade versus custo da produção


Publicado em: 05/04/2016 às 00:00hs

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Com a abertura de novos mercados consumidores o uso da tecnologia da informação tem se tornado uma ferramenta importante para diminuir o custo e aumentar a qualidade na produção do rebanho. Este artigo descreve o estudo feito em uma granja de suínos e como a tecnologia da informação mostrou a real situação dos ambientes em relação aos fatores monitorados e as sugestões de melhorias no controle dos ambientes.

Com a abertura de novos mercados – internos e externos, muitos suinocultores perceberam que a produção do rebanho utilizando os modelos tradicionais não melhoraria a qualidade do rebanho na hora do abate nem diminuiria o custo da produção durante o período de engorda.

Neste novo cenário a tecnologia da informação foi usada para dar uma visão mais detalhada dos agentes que atuavam durante o período de engorda do rebanho na granja, a temperatura, a umidade e o nível de amônia interferem diretamente na produtividade do rebanho. Nesta pesquisa foram monitorados os ambientes de cada fase da criação suína e como os três fatores enumerados incidem na qualidade na hora do abate.

Material e Métodos

Neste estudo foram utilizados sensores que colhiam a cada 10 minutos os níveis de amônia, temperatura e umidade relativa do ar dentro dos galpões. Estes dados eram enviados para um servidor/computador externo através da internet e então feitas as análises baseadas nos níveis mínimos e máximos de cada fator dentro do ambiente monitorado. Se os valores estiverem fora das margens superiores ou inferiores atribuídas a cada ambiente o sistema enviava uma mensagem para o e-mail do gerente da granja.

Os sensores coletaram o dados do ambiente e enviaram

Além da coleta automática dos dados dos galpões, a granja continuou tendo suas medições feitas manualmente por um funcionário como de costume, anotando numa planilha a hora da medição e os valores da umidade relativa do ar e da temperatura dentro do galpão.

Estas duas formas de leituras foram um ponto de confronto entre ambas e pode-se ver quais fatores influenciaram nas medições de ambas.



Resultados e Discussão

No período de monitoramento dos ambientes de criação percebeu-se que os valores internos de temperatura e umidade relativa do ar tiveram momentos onde eles ultrapassaram os valores máximos para o ambiente. Comparando com as planilhas de cada ambiente, os valores só voltaram ao patamar aceitável após a anotação do funcionário na planilha. Na hora que ele aferia a temperatura e umidade ele acionava os ventiladores para diminuir a temperatura interna. Os sensores de monitoramento detectaram a elevação da temperatura mas o acionamento dependia do funcionário. Se o sistema estivesse interligado com a rede de ventiladores ele poderia acioná-los automaticamente.

A umidade relativa do ar estava diretamente relacionada com a lavagem do ambiente. Quando o funcionário entrava no galpão e sentia que o nível de amônia estava alto ele abria o registro de água e o lavava. Esta observação era feita de forma empírica, o funcionário sentia a ardência causada pela amônia e então lavava o galpão.

Durante o monitoramento dos galpões a lavagem dos galpões não acusaram a elevação acima dos valores máximos em várias ocasiões onde foram feitas as lavagens. A água usada nos galpões baseando-se apenas na experiência do funcionário elevou o nível de umidade, aumentou o consumo de água – consumo estimado em 400 litros por cada vez de assepsia do ambiente.

Conclusões (ou considerações Finais)

Com este estudo percebeu-se que a ação humana baseada apenas nas leituras aferidas pelos funcionários é imprecisa e influencia diretamente na qualidade interna do ambiente e, consequentemente, no rebanho. O uso de tecnologias de monitoramento e acionamento dos equipamentos de controle são de grande importância para a maximização do ganho no final da criação.

O tempo entre o nascimento e o abate do rebanho é de 150 dias. A cada dia espera-se que o animal engorde cerca de 800 gramas. Se algum fator externo prejudicar este aumento de peso diário não haverá chance de recuperação até o final do ciclo. Na granja monitorada a média de peso por animal no final da criação é de 103 kg, mas a expectativa é que diminuindo a variação dos 3 fatores dentro dos galpões o peso seja elevado para um valor que fique entre 105 e 105 kg por cabeça.

O uso racional dos recursos (água e energia elétrica) durante a produção, incide diretamente no custo final do quilo vendido aos abatedouros.

O uso das tecnologias da informação podem aumentar a qualidade do rebanho e diminuir o custo da produção, aumentando por fim o lucro do produtor.

Adriano - Graduando em Redes de Computadores  – FACISA/UNIVIÇOSA. e-mail:
Hermes Nunes Pereira Júnior - Professor do curso de Redes de Computadores  – FACISA/UNIVIÇOSA. e-mail: hnpjunior@gmail.com

Fonte: Hermes Nunes Pereira Júnior - Professor do curso de Redes de Computadores – FACISA/UNIVIÇOSA

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