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Importância de um perfil sorológico na suinocultura

O diagnóstico de doenças infecciosas é uma ferramenta importantíssima na suinocultura, e vem se tornando cada vez mais utilizadas com objetivo da descoberta e levantamento das enfermidades nos rebanhos


Publicado em: 17/07/2009 às 11:26hs

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Esse diagnóstico pode ser realizado de forma direta, detectando-se o agente infeccioso mediante provas de isolamento, PCR, e outras, como também pode ser realizada de forma indireta, por meio da detecção de anticorpos gerados frente a infecção.

A intensidade da imunidade do animal pode ser medida através da quantificação da presença de anticorpos específicos para o antígeno, que é denominada titulação de anticorpos.

A determinação dos níveis de anticorpos em intervalos curtos de tempo, conjuntamente com a determinação da classe das imunoglobulinas presentes, nos permite saber qual a dinâmica de infecção. Sendo assim, se o titulo de anticorpos aumenta de forma significante, por volta de 4 vezes, quando comparado a um animal negativo, é sugestivo que a infecção ocorreu neste animal em momento anterior a esta fase. A este fenômeno de mudança repentina da titulação de anticorpos denominamos de soroconversão.

Se os títulos se mantiverem estáveis em determinadas fases, pode ser reflexo de infecções ou vacinações anteriores a data, pois aumentam a titulação de anticorpos dos animais tornando-os resistentes a determinados patógenos. No caso dos títulos de anticorpos serem altos em determinado período e baixos em período posterior, sugere-se que houve alguma infecção leve a algum período anterior.

A principal prova utilizada no diagnóstico sorológico de suínos é o teste ELISA. Este teste se baseia na reação antígeno-anticorpo sob reação enzimática que da origem a campo de coloração característica.Estes exames são utilizadas como ferramenta de diagnóstico dos casos clínicos, sendo que sua aplicação pode servir para localização de problemas subclínicos ou para estabelecer estratégias e medidas de controle como no caso do uso da sorologia para estabelecer um soroperfil dos animais.

O objetivo da realização do perfil sorológico de um rebanho não é apenas o de identificar as doenças, mas também conhecer a dinâmica de infecção da população em estudo. O soroperfil pode ser realizado de duas maneiras: Transversal e longitudinal.

No soroperfil transversal, é realizada uma análise sorológica de animais das diferentes fases da produção. Em termos práticos, o perfil transversal é uma fotografia instantânea da granja em relação ao status de positividade a enfermidades nas distintas fases da produção.

O soroperfil longitudinal se baseia em analises seriadas sobre mesmos animais em distintas fases de produção ao longo de sua vida. A avaliação da causa e da função das analises é que devem ser levadas em consideração para escolha de qual tipo de perfil é mais adequado a cada situação.

Sendo assim, se desejamos saber qual o status sanitário de uma exploração, podemos realizar um soroperfil transversal que nos fornecerá uma aproximação grosseira e provavelmente suficiente do que ocorre na população.

Por outro lado, se queremos determinar com precisão quando se infectam os animais ou se queremos estabelecer diagnóstico populacional certeiro baseado em soroconverssões, o mais adequado é a realização do soroferfil longitudinal.

Habitualmente, estes soroperfis, são apresentados como gráficos e nos ajudam a entender a dinâmica da enfermidade.

COLETA DE AMOSTRAS:

A eficiência de um soroperfil para diagnóstico ou para monitoração irá depender fundamentalmente do numero de animais que amostramos.

Isto é devido ao fato que o soroperfil deve ser representativo em escala, sendo fiel a população analisada. Portanto, se analisarmos poucos animais, a viabilidade do resultado será baixa, enquanto que se amostrarmos muitos animais aumentará a eficiência do resultado, aumentando-se também os custos.

O numero de animais a serem amostrados deve ser suficiente para garantir 95% de probabilidade de acerto, ou seja, 95% de confiabilidade, que é calculado baseado na detecção da enfermidade ou na prevalência esperada. De forma geral, podemos extrapolar o número de 25 a 30% do rebanho, sendo esse número de animais divididos pelas categorias animais presentes.

S 75
SOROPERFIL DA GRANJA PARA DOENÇA ENTÉRICA- ILEÍTE

Material: Amostras de Sangue (soro) , sendo:

  • 10 amostras da Terminação + 10 amostras da Recria +10amostras da Creche + 10 amostras de Matrizes

Pesquisa: Sorologia para Lawsonia intracellullaris
 
S 81

CHECK UP DOENÇAS REPRODUTIVAS

Material: 20 Soros de Matrizes/Reprodutoras

Pesquisa:

  • Parvovirose – (HI)
  • Leptospirose – 12 cepas (MSAR)
  • Erisipela – ( IFI)
  • Doença de Aujeszky – ( ELISA)
  • PRRS – ( ELISA)
  • Toxoplasmose – (IFI)

Uso: Diagnóstico do desafio dos agentes acima para verificação junto aos índices produtivos e sinais clínicos das possíveis causas e para instituir medidas de controle específicas e melhorar resultados.
 
S82

SOROPERFIL DA GRANJA PARA DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Material:

  • 10 amostras de soros da Terminação
  • 10 amostras de soros da Recria/Crescimento
  • 10 amostras de soros da Creche

Pesquisa: Mycoplasma ( Mh) – (ELISA) e  App – (BAHIA)

Uso: Diagnóstico do desafio dos agentes acima para verificação junto aos índices produtivos e sinais clínicos das possíveis causas e para instituir medidas de controle específicas e melhorar resultados.
 
Para maiores informações sobre outros exames relacionados a soroperfil de outras doenças ou maiores esclarecimentos, favor entrar em contato com conosco. PABX: (31) 3281-0500, FAX: (31) 3287-3404, tecsa@tecsa.com.br

Fonte: EQUIPE DE VETERINÁRIOS - TECSA

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