Governo

A Fome no Século XXI

"Estamos próximos do desemboque da Guerra da Fome".


Publicado em: 11/07/2008 às 09:04hs

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Neste início de século, dentro de um espaço cronológico mundial controlado pela doutrina neoliberal, esperamos possíveis decisões que serão tomadas em torno das discussões sobre a Guerra da Fome, os quais poderão ser palcos disso, países dos quatros cantos do planeta.

Dentro desse contexto de fome mundial, é de que, desde os meados de março de 2008, a população mundial passou a ser de, mais ou menos, 6 bilhões e 660 milhões de habitantes. Dessa quantia, 50% da está no campo e outros 50%, na cidade. Isso, sem dúvida, poderá gerar aumento da demanda dos alimentos para o comércio e indústria e, se não houver oferta suficiente, alguns grupos sociais, sem poder de compra, poderão fazer parte de estatísticas da fome. Além do mais, isso pode significar problemas já que de dezembro de 2007 para cá, os preços dos alimentos subiram 50%.

Embora as idéias neoliberais criadas por Milton Friedman, defendam o fim do Assistencialismo Estatal para que as sobras de valores sejam usadas para quitação de dívida externa, alguns governantes tiveram que praticar essas idéias. Isso, obviamente, vem trazendo para o mundo e deverão ser enfrentados, problemas voltados ao bem-estar social. E isto também pode gerar conflitos e divergências governamentais dentro do planejamento estratégico dos Estados. Citando Dominique Strauss-Khan, diretor do FMI, estamos próximos do desemboque da Guerra da Fome.

Mais do que é sabido, os tempos mudaram. Em qualquer país, desenvolvido ou não, os governantes, mesmo com orientação contra o Estado Assistencialista, deverão ter o sério compromisso com a sobrevida da população. Em torno dessa discussão e presa pelas Leis de Mercado e na dependência da boa vontade dos governantes, a Organização das Nações Unidas se debate para publicar um planejamento estratégico mundial contra a “Crise da Alimentação” que está se desenhando. Para isso, a ONU quer ter uma força-tarefa e, timidamente, pede US$ 3 bilhões e 100 milhões para, simplesmente, tentar barrar um problema que já afeta 100 milhões de pessoas.

Para a ONU, nos dias de hoje, a fome está como uma ameaça superior ao terrorismo. Porém, com apenas US$ 93 milhões do dinheiro reivindicado dos Estados, para arrecadar e distribuir alimentos e vencer tal crise, a ONU não possui estratégias para administrar especuladores, nem mesmo como pressionar os controladores dos Estados para extinção de medidas que entravam a cadeia do comércio, que estão dando força à crise dos alimentos.

Alberto Simões Mansur é advogado pela UEM – PR, tem Qualificação Empretec pela ONU/Sebrae, colunista do site www.vendamais.com.br, Especialista em Empreendedorismo pela Universidade Norte do Paraná, de Londrina - PR; Professor de MBA, pela Universidade de Cascavel - PR, Professor de Sociologia em Cursos Pré-vestibulares e palestrante de Empreendedorismo. Contato pelo e-mail - empreender@irapida.com.br

Fonte: Alberto Simões Mansur

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